IA: 17% dos brasileiros temem serem substituídos em seus empregos

Geração Z busca menos informações sobre inteligência artificial que os Baby Boomers; empresas familiares no país têm passado por mais transformações

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Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)
Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)

Pesquisa da NordVPN apontou que 17% da população brasileira temem que seu emprego possa ser substituído pela inteligência artificial. Além disso, 27% acreditam que essa tecnologia está se desenvolvendo rápido demais. De acordo com o levantamento, 35% dos entrevistados estão se educando sobre IA para se adaptar melhor no futuro, enquanto 24% usam regularmente chatbots de IA para assistência em seu tempo livre e no ambiente de trabalho. Além disso, 13% recorrem à IA para suporte educacional, em escolas e universidades, e 23% já utilizaram IA generativa para criar imagens.

O estudo também indica que, no geral, 27% temem que a IA esteja se desenvolvendo muito rápido, enquanto 21% se frustram com o uso de chatbots por empresas no atendimento ao cliente. Além disso, 27% evitam compartilhar dados sensíveis com IA devido à falta de confiança, e 4% dos entrevistados afirmaram ter sido vítimas de golpes envolvendo IA.

Em relação a outros países analisados na pesquisa, como Alemanha, Itália e Japão, o Brasil se destaca pela maior taxa de utilização frequente de IA. No país, 42% dos usuários que utilizam IA ao menos uma vez por semana o fazem para assistência no tempo livre, contra 38% na Alemanha e 31% na Itália. Além disso, 47% dos brasileiros utilizam IA regularmente no ambiente de trabalho, e 26% recorrem à IA para fins educacionais, enquanto no Japão esse número é de apenas 14%.

A pesquisa também indicou que os brasileiros estão relativamente confiantes em sua capacidade de identificar imagens geradas por IA, com 18% acreditando que conseguiriam identificar deepfakes, percentual acima da média global. No entanto, o medo de fraudes persiste: 25% das mulheres brasileiras que utilizam IA frequentemente declaram evitar compartilhar informações sensíveis devido à falta de confiança na tecnologia.

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O estudo identificou ainda que homens demonstram maior frequência no uso de IA generativa para criar imagens (29%) em comparação com mulheres (17%). Outro dado é que a população integrante da Geração Z (nascidos do final dos anos 1990 até o início dos anos 2010) busca menos informações sobre IA que a Geração Baby Boomer (nascidos entre 1946 e 1964), sendo que pesquisa revelou que apenas 27% dos usuários da Geração Z tenta se informar sobre IA, contra 47% dos Boomers. Pessoas com altos rendimentos estão mais propensas a utilizar IA para gerar imagens (32%) e interagir com chatbots no trabalho (34%). Profissionais de nível gerencial apresentam maior uso de chatbots em seu tempo livre (32%) em comparação com outros grupos profissionais (20%).

Já estudo sobre empresas familiares da Pesquisa Global Hopes and Fears 2024, conduzido pela PwC mostrou que essas empresas demonstram maior agilidade e adaptação à mudanças no último ano no Brasil quando comparada com as demais companhias. O estudo – que ouviu mais 56 mil trabalhadores em 50 países, incluindo o Brasil – revela que 66% dos profissionais que atuam em empresas familiares com um histórico de inovação mais gradual, relataram ter experimentado mais transformações no último ano na comparação com 60% daqueles que trabalham em outras organizações.

A pesquisa mostra que embora 50% dos funcionários de empresas familiares afirmem não compreender a necessidade de mudanças (em comparação com 42% nas demais empresas), essas organizações se destacam em áreas estratégicas do mercado, como IA generativa e sustentabilidade diante das mudanças climáticas.

Os dados reforçam essa diferença: 44% dos colaboradores de empresas familiares afirmam usar IA generativa no trabalho com frequência diária, semanal ou mensal. Já nas empresas não familiares, esse número é 12 pontos percentuais (32%) menor.

Quando o tema é mudanças climáticas, a percepção do impacto também varia: 45% dos funcionários de empresas familiares dizem sentir os efeitos dessa questão no trabalho, enquanto apenas 33% dos profissionais em empresas não familiares compartilham dessa visão.

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