IA para recuperar impostos pagos a mais

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Normas tributárias pós-Constituição encheriam um livro de 110 milhões de páginas

Levantamento realizado pelo IBGE e pela Associação Comercial de São Paulo aponta que 95% das empresas brasileiras pagam mais impostos do que deveriam. Para esclarecer as dúvidas e orientar os empresários brasileiros, a Hurst desenvolveu seu novo robô, o Leopoldo, um chatbot (tipo de aplicativo para atendimento eletrônico) que, por meio de algoritmos de inteligência artificial, identifica as oportunidades de recuperação de tributos, de acordo com entendimentos já firmados pelos fiscos municipal, estadual e federal e pelos tribunais superiores (STJ e STF).

O fisco é um dos maiores pesadelos dos empresários brasileiros, que acabam pagando mais do que devem. Em média são editadas 45 novas normas tributárias por dia, quase duas novas normas por hora. Portanto, muitos destes entendimentos são desconhecidos pelos contribuintes. Não se pode sequer culpar os contadores”, diz Arthur Farache, CEO da Hurst e criador do Leopoldo, que funciona por Whatsapp e Facebook (https://www.facebook.com/LeopoldoBot/).

Por meio das respostas fornecidas pelo usuário e com base em fatores como setor de atividade e regime tributário, o sistema identifica se a empresa pagou tributos indevidos e, caso a resposta seja positiva, estima quanto se pode reaver. “O Leopoldo não tem capacidade para identificar o valor exato, mas, em geral, apresenta estimativas, porque nem sempre a pessoa tem os dados corretos em mãos”, diz Farache.

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A partir do contato e das estimativas feitas pelo chatbot, consultores tributários, contadores e advogados contratados pela Hurst, munidos da tecnologia criada pela empresa, realizam o atendimento ao usuário e indicam os passos seguintes mais adequados para que os valores pagos indevidamente sejam devolvidos pelo Fisco. “Criamos a Hurst para ajudar as empresas a reduzirem os custos tributários podemos até antecipar os valores direto na conta da empresa”, explica Farache.

Labirinto tributário

O Brasil tem um dos dez piores e mais complexos sistemas tributários, o que faz com que as empresas paguem além do necessário ou sejam multadas por erros cometidos por falta de informação. “É muito comum vermos as empresas pagarem mais do que devem. Isso ocorre com negócios de todos os portes por conta da complexidade do sistema tributário brasileiro. Se todas as normas surgidas a partir da Constituição de 1988 fossem editadas em um livro, ele teria mais de 110 milhões de páginas”, diz Farache.

Segundo dados do Impostômetro, a arrecadação federal somou R$ 714,255 bilhões entre janeiro e junho deste ano. Farache explica que a recuperação de valores pagos indevidamente ao Fisco ocorre, muitas vezes, por meio de compensação, ou seja, a empresa recebe créditos fiscais.

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