Ibef-SP debate o futuro dos meios de pagamento

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A preocupação com a segurança cibernética foi reforçada pelo presidente da Mastercard Brasil, Estanislau Bassols, em evento realizado pelo Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (IBEF-SP) com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as novas tecnologias para realização de pagamentos nas empresas.

Segundo ele, não é possível realizar a modernização das formas de pagamento sem levar em conta a necessidade dos brasileiros. “As pessoas estão no cerne dessas mudanças porque elas querem ao mesmo tempo: comodidade para pagar de uma forma simples, fácil e sem atritos; fazer esse pagamento de qualquer lugar; e que tudo isso aconteça dentro de um ambiente seguro”, destacou.

Na mesma linha, o head de Consumer Banking do BTG Pactual, Rodrigo Cury, destacou a importância dos bancos e instituições financeiras estarem em alerta para novas formas de garantir a segurança aos consumidores. “Da mesma maneira que temos no país uma adoção muito rápida da tecnologia e da inovação, há também um crime organizado muito forte que utiliza tecnologia de ultíssima geração e que busca estar sempre um passo à frente”, reforçou.

Recentemente, o Banco Central do Brasil, por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a resolução que lançou oficialmente o projeto do Open Finance. De acordo com a nota emitida pelo BC, a estratégia do compartilhamento de dados deverá ser ampliada, abarcando também dados sobre outros serviços financeiros, por exemplo, serviços de credenciamento, câmbio, investimentos, seguros e previdência. A previsão do Serasa Experian é que o sistema financeiro aberto, tem o potencial de incluir cerca de 4,5 milhões de pessoas no mercado de crédito e injetar cerca de R$ 760 bilhões na economia em até dez anos.

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Para Gustavo Maglione, diretor financeiro da 4Bio, o open finance é mais uma forma de garantir a liberdade e os benefícios para o usuário. Em contrapartida, o sistema deverá promover mudanças no comportamento empresarial das instituições. “Quando falamos em open finance, é entregar ou dar a possibilidade e a liberdade para o usuário decidir com quem ele quer compartilhar suas informações. Isso é fundamental: se o dado é meu, é justo que eu escolha com quem quero compartilhar. E, para compartilhar esse dado com uma empresa, o consumidor vai querer ter um benefício em troca”, disse.

Além disso, a utilização dos meios eletrônicos de pagamento, como pix, cartão de crédito e transferências já representam mais de 50% do consumo e, segundo o vice-presidente da Mastercard, Maurício Fernandes, esse é mais um ponto de alerta que deve estar no radar dos executivos. “Neste ano, os meios de pagamento eletrônicos devem chegar a 60% do consumo dos brasileiros. Estes números mostram a relevância da penetração desse modelo no Brasil. Não é possível ignorá-los”, afirmou.

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