O ano de 2022 terminou com uma taxa média de desocupação de 9,3%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é inferior aos 13,2% registrados no fim de 2021. Essa também é a menor taxa de desocupação desde 2015 (8,6%). A menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, foi registrada em 2014 (6,9%).
Em relação à população desocupada média, o país totalizou 10 milhões de pessoas, queda de 3,9 milhões (-27,9%) em relação ao ano anterior. A população ocupada média no ano atingiu 98 milhões, 7,4% acima de 2021.
O nível médio de ocupação, ou seja, o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupadas, ficou em 56,6% em 2022, segundo ano de crescimento consecutivo depois de atingir o menor patamar em 2020 (51,2%).
Considerando-se apenas o último trimestre de 2022, a taxa de desocupação ficou em 7,9%, a menor taxa para um quarto trimestre desde 2014 (6,6%). No último trimestre de 2021, o indicador havia ficado em 11,1%. Já no terceiro trimestre de 2022, a desocupação atingiu 8,7%.
No último trimestre de 2022, a população desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas, quedas de 9,4% (menos 888 mil pessoas) ante o terceiro trimestre daquele ano e de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o quarto trimestre de 2021.
A população ocupada atingiu 99,4 milhões de pessoas, estável em relação ao terceiro trimestre e com alta de 3,8% (3,6 milhões de pessoas) ante o último trimestre de 2021.
O nível da ocupação do trimestre, entretanto, ficou em 57,2%, igualando-se ao trimestre anterior (57,2%) e subindo 1,6 p.p. na comparação com o quarto trimestre de 2021 (55,6%).
Segundo análise dos Economistas da Terra Investimentos, “a expansão dos programas de transferência de renda é o primeiro e principal suspeito pela queda da taxa de participação. O rendimento médio real, por sua vez, continuou em alta e cresceu 0,2% na margem. Considerando as informações disponíveis até o momento, nossa estimativa para a taxa de desemprego de janeiro é de 8,2%.”
Já segundo pesquisa C6 Bank/Ipec, a maior parte (62%) dos brasileiros das classes ABC com acesso à internet que perdeu renda durante a pandemia ainda não conseguiu recuperá-la. O levantamento também mostra que 30% reconquistaram os ganhos que costumavam ter e 8% não souberam avaliar.
A dificuldade em recuperar a renda perdida é mais comum entre os brasileiros mais velhos. Entre os que têm mais de 60 anos, 77% relatam que não conseguiram retomar o nível de ganhos. O percentual é de 69% na faixa etária de 45 a 59 anos e de 64% entre os que têm de 35 a 44 anos.
Durante a pandemia, a perda de renda atingiu quase metade da população (43%) das classes ABC com acesso à internet. Outros 40% mantiveram os ganhos e 6% tiveram aumento de rendimento. Por outro lado, 11% não tinham renda nem antes nem durante esse período.
A pesquisa foi feita com 2 mil brasileiros entre 7 e 16 de fevereiro, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Com informações da Agência Brasil
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