Ibovespa bate máxima em 40 dias com reforma

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Os desdobramentos da crise política e o andamento da reforma trabalhista no Senado Federal deram o tom do mercado nesta terça-feira (11), dia marcado por poucas novidades econômicas. Apesar da confusão no Senado, os investidores mantém o otimismo de que a reforma será aprovada.

O benchmark da bolsa brasileira fechou com ganhos de 1,28%, aos 63.832 pontos, se aproximando da máxima vista desde a delação da JBS, em 18 de maio. O volume financeiro ficou em R$ 5.894 bilhões. O real também mostrou força diante da expectativa pela votação da reforma.

Os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 caíram 3 pontos-base, a 8,77%, assim como os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuavam 2 pontos-base, a 9,95%. A queda dos juros refletem a divulgação do IGP-M, que levou alguns analistas a cogitarem corte de até 125 pontos-base na Selic dependendo do progresso das reformas.

 

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Destaques da Bolsa

 

Apenas 14 das 58 ações fecharam no negativo. No campo positivo, as ações com betas elevados figuraram entre as maiores altas, com CSN, Banco do Brasil e Petrobras. Essas ações subiram entre 6% e 3% hoje.

Fora do índice, destaque para as ações da incorporadora PDG Realty, que dispararam 20% em semana decisiva para sua recuperação judicial, segundo reportagem do Valor Econômico.

As ações da Vale (VALE3, R$ 30,04, +1,11%; VALE5, R$ 28,02, +1,41%) subiram pelo 4º pregão seguido, acompanhando os preços do minério de ferro. A commodity à vista negociada no porto de Qingdao, na China, avançou 2,11% hoje, a US$ 65,40 por tonelada, enquanto os contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian registraram alta de 1,88%, a 489 iuanes.

Seguiram o movimento de alta os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 21,51, +0,84%) – holding que detém participação na Vale – enquanto as siderúrgicas fecharam entre perdas e ganhos, com Gerdau (GGBR4, R$ 10,95, -0,64%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,28, -0,38%), CSN (CSNA3, R$ 7,74, +6,46%) e Usiminas (USIM5, R$ 5,00, +1,63%).

As ações da Petrobras (PETR3, R$ 12,09, +0,83%; PETR4, R$ 12,79, +0,71%) viram para alta, após abertura no vermelho, com os preços do petróleo zerando as perdas no mercado internacional. Neste momento, os contratos futuros do Brent operavam praticamente estáveis (-0,04%), a US$ 46,86 o barril, enquanto os futuros do WTI recuavam 0,09%, a US$ 44,36 o barril.

As ações ONs da Eletrobras (ELET3, R$ 14,78, -3,08%; ELET6, R$ 17,80, -1,71%) caem pelo segundo pregão seguido, após forte euforia entre quarta e quinda da semana passada (quando o ativo disparou 25%), puxadas por expectativas de que a proposta de reforma do setor elétrico abriria as portas para que a empresa privatize suas usinas. A realização agora ocorre em meio à percepção do mercado de que essa proposta ainda não estaria fechada, deixando dúvidas sobre os termos que poderiam se dar essa venda de ativos da estatal.

 

Dólar

 

O dólar caiu pela terceira sessão seguida nesta terça-feira, ao menor nível em mais de um mês e no patamar de R$ 3,25, com os investidores apostando que a reforma trabalhista será aprovada pelo Senado mesmo em meio à situação cada vez mais delicada do presidente Michel Temer, que vem perdendo apoio político.

O dólar recuou 0,19%, a R$ 3,2532 na venda, menor patamar desde 1º de junho (R$ 3,2467). Nestes três pregões, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,37%. Na mínima do dia, atingiu R$ 3,2466.  "O dólar deve continuar trabalhando abaixo dos R$ 3,30 se tudo continuar como esperado pelo mercado", avaliou o gerente de tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou US$ 830 milhões do total de US$ 6,181 bilhões que vence no mês que vem.

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