Ibovespa cai iniciando a sexta semana seguida de perdas

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O principal índice de ações da bolsa (B3) operou em queda nesta segunda-feira (18), iniciando a sexta semana seguida de perdas. Os investidores monitoram a piora na tensão comercial entre Estados Unidos e China e acompanham as incertezas fiscais e políticas no Brasil, informou a Reuters.

Às 15h54, o Ibovespa caía 0,91%, a 70.112 pontos.

Na sexta-feira, o Ibovespa recuou 0,93%, a 70.757 pontos, após bater os 69.582 na mínima da sessão. Na semana passada, o índice acumulou queda de 2,99%. Foi a quinta queda semanal seguida, maior sequência de perdas semanais desde janeiro de 2014. No ano, o recuo é de 7,39%. Desde fevereiro os estrangeiros  retiraram mais de R$ 17 bi da bolsa.

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Guerra comercial

No exterior, as preocupações sobre uma disputa comercial entre Washington e Pequim ganharam corpo após a China ameaçar impor tarifas sobre as importações de petróleo bruto, gás natural e outros produtos de energia de origem norte-americana, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas sobre US$ 50 bilhões em importações chinesas.

"Com a ofensiva protecionista americana sendo confirmada, a aversão ao risco está submetendo os mercados a uma pressão negativa substancial", escreveu a equipe da corretora Nova Futura em nota a clientes, ainda segundo a Reuters.

Cenário interno

Na quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para decidir o novo patamar da taxa básica de juros da economia (Selic).

A cena política local também provoca instabilidade, após a notícia de que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, pediu ao presidente da 2ª Turma do STF, Ricardo Lewandowski, que coloque em pauta no dia 26 de junho novo pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de dois meses por crime de corrupção.

O mercado teme que eventual presença de Lula na disputa de outubro reduza as chances de eleição de um candidato considerado mais comprometido com o ajuste fiscal e com as reformas, segundo a Reuters.

"Mesmo que sua chance de disputa for negada, sua liberdade (de Lula) pode tumultuar ainda mais o cenário político do país", destacou a Advanced Corretora em relatório.

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