Ibovespa fecha quase na máxima do dia puxado por Petrobras e Vale

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O Ibovespa ganhou força na reta final do pregão desta segunda-feira, virando para o positivo com notícias pontuais envolvendo a Petrobras e Vale, que passaram a subir forte e puxaram o índice. Em Wall Street o fim do dia também foi de recuperação, com o mercado fechando próximo da estabilidade pressionado pela incerteza com relação à política após a derrota sofrida pelo governo Donald Trump em seu plano de alteração no sistema de saúde.
O benchmark da Bolsa fechou com alta de 0,71%, aos 64.308 pontos, após chegar a subir 0,79% na máxima do dia. O volume financeiro ficou em R$ 6,514 bilhões.
No exterior, o dia foi bastante tenso com os riscos de Trump não conseguir entregar suas promessas após a derrota sexta-feira no Congresso. “O presidente prometeu, em 9 de fevereiro, um plano de corte de impostos em duas ou três semanas, e, até o momento, já se passaram seis semanas. A aversão ao risco sobe e o S&P começa a devolver os ganhos”, explicou José Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos, em relatório a clientes.
Os contratos de juros futuros, por sua vez, recuaram com os investidores passando a ver uma chance certa de corte de 100 pontos-base da Selic em abril, com a chance de uma reduação ainda maior (confira a análise clicando aqui). Os DIs com vencimento em janeiro de 2018 teve queda de 3 pontos-base, para 9,84%, enquanto os contratos para janeiro de 2021 caíram 3 pontos-base, a 9,85%.

Destaques da Bolsa

As ações da Vale (VALE3, R$ 26,39, +1,34%; VALE5, R$ 27,97, +2,49%) viraram para alta após notícia do Estadão afirmar que Fabio Schvartsman será o novo presidente da mineradora e substituirá Murilo Ferreira a partir de maio. O executivo, considerado um dos dez mais do Brasil pela revista Forbes é atualmente CEO da Klabin. Com isso, a empresa de papel e celulose viu suas ações afundarem.
A companhia se descolou do movimento do minério, com a commodity negociada no porto chinês de Qingdao caindo 4,10% nesta segunda, a US$ 81,57 a tonelada, enquanto os contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dailian registraram baixa ainda mais expressiva, de 5,17%, a 550 iuanes.
Por outro lado, as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 21,37, +1,62%) – holding que detém participação na Vale – viraram para alta. As ações das siderúrgicas, que também registravam queda mais cedo, viraram para alta nesta tarde. O principal destaque foi a Usiminas (USIM5, R$ 4,40, +8,64%), que disparou até 8,89%, a R$ 4,41, nesta sessão. As demais Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,07, +0,80%) e CSN (CSNA3, R$ 10,19, +4,09%) registraram alta mais amena. A exceção foi a Gerdau (GGBR4, R$ 11,01, -1,26%), que seguiu no negativo.
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 14,43, +1,83%;PETR4, R$ 13,77, +2,15%) viraram para alta nesta sessão, de que os acionistas da empresa aprovaram a proposta de venda da Suape e Citepe. Por conta disso, os papéis se afastaram das cotações do petróleo, que tiveram um dia negativo no exterior. Os contratos do petróleo WTI fecharam em queda de 0,5%, a US$ 47,79 o barril.

Dólar

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O dólar avançou 0,68%, a R$ 3,1294 na venda, depois de bater na máxima do dia R$ 3,1410. O dólar futuro tinha alta de 0,69%. “A derrota de Trump traz imprevisibilidade ao mercado”, disse o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, destacando que as divisas mais ligadas às commodities são as que mais sofrem.
Após o cancelamento na sexta-feira da votação sobre reforma no sistema de saúde dos Estados Unidos, aumentaram as preocupações dos investidores de que Trump terá dificuldade para cumprir outras promessas de campanha, em particular sobre gastos e cortes de impostos.
“A agenda carregada nesta semana também traz um pouco de cautela aos investidores”, acrescentou Faganello ao citar, por exemplo, o anúncio do contingenciamento do orçamento da União deste ano e de possível aumento de impostos na terça-feira.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que entre as opções está o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, porém descartou IOF de câmbio, uma das preocupações dos investidores nos últimos dias.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente nesta sessão o lote de até 10 mil swaps tradicionais ofertados para rolagem dos contratos de abril. Já foram oito leilões iguais, que reduziram a US$ 5,711 bilhões o estoque que vence no mês que vem.

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