Ibovespa sobe apesar de pressão com exterior e política

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Após chegar a subir 0,62% na máxima do dia, o Ibovespa chegou a operar no negativo durante a tarde, mas voltou a ganhar força na reta final do pregão desta segunda-feira (3) em dia de agenda mais tranquila e antes de grandes eventos que agitarão a semana. Nos Estados Unidos, apesar de uma recuperação, os índices ficaram no negativo após dados da indústria que desapontaram o mercado. Por aqui, o mercado fica de olho nos eventos políticos, em especial o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com alta de 0,35%, aos 65.211 pontos, em dia com volume financeiro de R$ 6,458 bilhões. As altas das ações da Petrobras e dos bancos ajudaram a sustentar os ganhos do índice e “anular” a queda da Vale e siderúrgicas. Os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 fecharam em queda de 6 pontos-base, a 9,825%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuaram 7 pontos-base, a 9,83%.

Destaques da Bolsa

Do lado acionário, contribuíram para a alta do índice as ações da Petrobras (PETR3, R$ 15,32, +1,12%; PETR4, R$ 14,67, +1,24%), acompanhando os preços do petróleo no mercado internacional. Os contratos futuros do Brent avançaram 0,78%, a US$ 53,11 o barril. No radar, a estatal informou na sexta-feira que o Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), após avaliação, decidiu manter os preços do diesel e da gasolina nas refinarias, seguindo a política de preços anunciada em outubro de 2016.
As ações da Embraer (EMBR3, R$ 17,01, -2,19%) figuraram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta sessão, em dia de queda do dólar.
As ações da Vale (VALE3, R$ 29,51, -0,94%; VALE5, R$ 27,98, -0,82%) caíram, acompanhando o movimento do minério de ferro, que encerrou em queda. Hoje, a commodity negociada com 62% de pureza no porto chinês de Qingdao fechou em baixa de 1,28%, a US$ 79,36 a tonelada.
Acompanharam o movimento negativo as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 21,20, -3,15%) – holding que detém participação na Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 10,75, -1,29%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 4,84, -2,22%), CSN (CSNA3, R$ 8,96, -1,65%) e Usiminas (USIM5, R$ 4,36, -1,80%).
No radar, o Credit Suisse publicou relatório sobre o setor de mineração e siderurgia e reiniciou a cobertura para Usiminas com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 4,50.
O BTG Pactual anunciou hoje suas mudanças no portfólio de ações small caps. O banco decidiu retirar as ações da Light (LIGT3, R$ 19,19, -2,88%) e Sanepar (SAPR4, R$ 11,18, +1,64%) para dar espaço para SulAmérica (SULA3, R$ 16,93, +1,44%) e Magazine Luiza (MGLU3, R$ 182,99, +3,33%).
As ações PNs da Eletrobras (ELET3, R$ 17,20, +0,58%; ELET6, R$ 21,85, -1,00%) viraram para queda, apesar da “boa notícia”, embora já esperada pelos analistas de mercado. A ação ELET6 entrou na primeira prévia do Ibovespa, cuja carteira é válida para maio a agosto de 2017.

Dólar

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O dólar fechou a segunda-feira em baixa sobre o real, pelo segundo pregão consecutivo, seguindo o comportamento da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes no exterior, mas sem tirar a atenção sobre o cenário político doméstico ainda sensível.
O dólar recuou 0,51%, a R$ 3,1150 na venda, depois de ter marcado R$ 3,1352 na máxima do dia e R$ 3,1096 na mínima.
“Há um nervosismo com o político local, mas nada de muito concreto ainda. Então, há espaço para o dólar olhar outras coisas”, comentou o profissional de uma corretora nacional.
O comportamento do dólar no exterior influenciou o desempenho por aqui, em baixa ante a algumas moedas de países emergentes, como o peso chileno.
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão. Em março, fez apenas rolagem parcial do vencimento de abril de swap cambial tradicional. Em maio, vencem o equivalente a US$ 6,389 bilhões em swaps e o mercado se questionava como o BC vai proceder.

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