Ibovespa tem 2º pior pregão do mês antes do Copom

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O Ibovespa acentuou as perdas na tarde desta quarta-feira (26) pouco antes do anúncio da decisão do Fomc e se manteve assim após a autoridade americana seguir o que já era esperado pelo mercado. Os investidores ainda ficam de olho à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) após o fechamento do mercado.

O benchmark da bolsa brasileira recuava 1,00%, aos 65.010 pontos – no pior pregão desde o dia 6 de julho. O volume financeiro ficou em R$ 6,864 bilhões. No radar do mercado, destaque também para a temporada de balanços corporativos e as especulações sobre uma possível redução na meta fiscal deste ano e o revés do governo com o aumento de impostos sobre os combustíveis.

Os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 caíram 2 pontos-base, a 8,50%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuaram 3 ponto-base, a 9,49%. Os investidores apostam que a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) deve se encerrar com um anúncio de corte de 100 pontos-base na Selic, para 9,25% ao ano.

 

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Destaques da Bolsa

 

Apenas 8 das 58 ações fecharam em alta. O grande destaque positivo ficou com as ações da JBS (JBSS3, R$ 7,47, +6,71%), que dispararam até 7,6% após anunciar que fechou um acordo de R$ 21,7 bilhões com bancos credores. Do lado das quedas, chamaram atenção as siderúrgicas, com perdas de até 5%.

Além disso, com a temporada de balanços ganhando força, 5 ações reagiram aos números do 2° trimestre e foram de altas de 8% a quedas de 3% nesta sessão. Dentre elas, destaque para 4 papéis do Ibovespa: Pão de Açúcar e TIM subiram perto de 2%, enquanto Telefônica Brasil fechou praticamente estável e Lojas Renner afundou 3%. Já fora do índice, a small cap Indústrias Romi, que transformou prejuízo em lucro de R$ 11,9 milhões no período, saltou 8%, renovando sua máxima na bolsa desde setembro de 2014. 

Depois de rali de 5% desta terça-feira, as ações da Vale (VALE3, R$ 29,66, -3,10%; VALE5, R$ 27,94, -2,51%)fecharam forte queda em dia misto para os preços do minério de ferro. A commodity spot (à vista) negociada no porto de Qingdao, na China, subiu 1,37% nesta sessão, a US$ 70,43 por tonelada, enquanto os contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian caíram 0,58%, a 518 iuanes.

Seguiram em forte queda as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 21,68, -3,00%) – holding que detém participação na Vale – e as siderúrgicas, com Usiminas (USIM5, R$ 4,97, -2,55%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,55, -5,30%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,22, -5,09%) e CSN (CSNA3, R$ 7,47, -4,48%).

Também descoladas de sua commodity as ações da Petrobras (PETR3, R$ 13,54, -1,67%; PETR4, R$ 12,98, -1,82%) caíram forte, deixando para trás o pregão de euforia ontem. Os preços do petróleo subiram no mercado internacional, sustentados por dados melhores do que o esperado dos estoques da commodity nos Estados Unidos.

As ações do Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 71,49, +2,13%) tiveram pregão volátil após balanço do 2° trimestre: depois de caírem 2,86% na mínima do dia, a R$ 68,00, os papéis ganharam força e fecharam na máxima do dia, com ganhos acima de 2%.

 

Dólar

 

O dólar encerrou a quarta-feira em queda e abaixo de R$ 3,15, após o Federal Reserve, banco central norte-americano, ter mantido a taxa de juros da maior economia do mundo e informado que vai começar a retirar sua ferramenta de estímulo "relativamente em breve", dentro do esperado. O dólar recuou 0,73%, a R$ 3,1442 na venda, após subir nas três sessões anteriores. Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou R$ 3,1377.

"'Relativamente em breve' não é o mesmo que 'em breve' e deixa a opção de esperar (a normalização do balanço patrimonial) para além de setembro", afirmou o analista-chefe de câmbio da Forexlive, em Montreal (Canadá), Adam Button.

O banco central norte-americano manteve sua taxa de juros na faixa entre 1% e 1,25% e informou que espera "começar a implementar seu programa de normalização do balanço patrimonial relativamente em breve". Juros mais elevados nos Estados Unidos têm o potencial de atrair recursos hoje aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.

No exterior, o dólar passou a cair ante uma cesta de moedas e também recuava ante divisas de países emergentes.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou US$ 5,395 bilhões do total de US$ 6,181 bilhões que vence no mês que vem.

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