Ibovespa tem 5ª alta seguida e dólar cai a R$ 3,10

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O bom desempenho das commodities no mercado internacional e os balanços corporativos impulsionaram o Ibovespa para sua quinta alta consecutiva nesta segunda-feira (15). No radar, destaque para os dados surpreendentes do IBC-Br e indicadores econômicos espalhados pelo mundo, além do desenrolar da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Com isso, o benchmark da bolsa brasileira fechou com ganhos de 0,37%, aos 68.465 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 12,210 bilhões. Enquanto isso, o CDS do Brasil teve o 5º dia seguido de perdas e caiu abaixo de 200 pontos-base, no menor nível desde janeiro de 2015.

Do lado da curva de juros, o mercado intensifica ainda mais as apostas em corte mais agressivo da taxa básica de juros na reunião de 31 de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), com o Itaú revisando projeção de corte de 100 pontos-base para 125 pontos-base depois da pesquisa semanal Focus, do Banco Central, cortar projeções para inflação, corroborando para expectativas de taxa de juros menor.

Os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 caíram 11 pontos-base, a 9,00%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuaram 6 pontos-base, a 9,60%. Segundo Pablo Spyer, diretor de mesa de operações da Mirae Asset, o mercado precifica neste momento 76% de probabilidade de um corte de 125 pontos-base na próxima reunião; e 24% de chance de 100 pontos-base.

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Destaques da Bolsa

 

Do lado acionário, os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 16,28, +2,20%; PETR4, R$ 15,76, +2,01%) estenderam os fortes ganhos do último pregão, quando subiram na esteira do balanço melhor do que o previsto do 1° trimestre. A alta acumulada pelas ações da estatal nesses dois pregões é de mais de 6%.

Outra companhia que se destacou neste pregão foi a Eletrobras (ELET3, R$ 17,32, -1,03%; ELET6, R$ 21,13, -0,52%) , após divulgação de balanço. A companhia registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 1,394 bilhão no primeiro trimestre de 2017, revertendo prejuízo líquido de R$ 3,898 bilhões do mesmo período do ano anterior.

A Braskem (BRKM5, R$ 33,87, -0,32%) também apresentou seu balanço, com lucro líquido consolidado de R$ 1,905 bilhão no primeiro trimestre deste ano, alta de 147% em relação ao mesmo período de 2016, segundo balanço não auditado divulgado nesta manhã. A empresa ainda apurou Ebitda ajustado recorde de R$ 3,598 bilhões entre janeiro e março, 16% a um ano antes. O desempenho foi beneficiado, entre outros motivos, por maior volume de vendas em todos os segmentos e por melhora das operações no México.

As ações da Vale (VALE3, R$ 26,30, +1,51%; VALE5, R$ 24,85, +0,93%) e Bradespar (BRAP4, R$ 18,40, +1,55%) – holding que detém participação na Vale – têm alta nesta sessão em dia misto para o minério de ferro. Enquanto a commodity negociada no porto de Qingdao, na China, fechou em queda de 0,94%, a US$ 60,80 a tonelada, os contratos futuros do minério, negociados na bolsa chinesa de Dalian, subiram 0,88%, a 457 iunes.

Em movimento mais robusto, as ações das siderúrgicas disparam hoje, com CSN (CSNA3, R$ 4,37, +5,65%), Usiminas (USIM5, R$ 4,37, +5,56%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,00, +3,95%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 4,66, +5,19%).

As ações do Banco do Brasil apareceram entre as maiores quedas do Ibovespa. Os papéis tiveram pregão de realização de lucros após quatro altas seguidas. Os demais grandes bancos fecharam praticamente estáveis, com Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 40,16, +0,07%), Bradesco (BBDC4, R$ 31,98, +0,09%) e Santander (SANB11, R$ 28,85, +0,70%).

 

Dólar

 

O dólar recuou 0,58%, a R$ 3,1060 na venda, acumulando perdas de 2,81% em cinco pregões seguidos. Este foi o menor patamar de fechamento desde 17 de abril (R$ 3,1044). Na mínima do dia, a moeda norte-americana já havida ido a R$ 3,0960.

"O mercado está otimista em relação à reformas. O dólar ir abaixo de R$ 3,10 e ficar lá depende de Brasília", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

O dólar também foi influenciado nesta sessão pelo mercado externo, onde a moeda norte-americana recuava frente a uma cesta de moedas e a divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Os mercados reagiram ao rali do petróleo, cujos preços chegaram a saltar mais de 3% nesta sessão, depois que a Arábia Saudita e a Rússia informaram que os cortes de oferta precisam durar até 2018, um passo para estender o acordo liderado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) para apoiar os preços. O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, repetindo as decisões deste mês. Em junho, vencem US$ 4,435 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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