Ibovespa tem maior alta em 3 meses

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Após uma semana reduzida por conta do feriado de Páscoa, a B3 volta nesta segunda-feira (17) com força, voltando a superar os 64 mil pontos, seguindo o otimismo do mercado no exterior e o forte desempenho das blue chips no Ibovespa, em especial os bancos – setor com maior participação no índice -, com as ações subindo mais de 4%.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com alta de 2,40%, aos 64.334 pontos – com volume financeiro de R$ 10,098 bilhões -, em sua maior alta diária desde 12 de janeiro. Entre os papéis que compõe a carteira teórica do índice, destaque para as altas dos bancos, Usiminas, educacionais e a própria B3, que ofuscaram o dia negativo para Vale, que cedeu mais de 1%..
Os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 recuaram 1 ponto-base, a 9,64%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 caíram 3 pontos-base, a 9,92%.

Destaques da Bolsa

No índice, 16 ações encerraram com ganhos entre 3% e 8%, com forte presença de ações do setor financeiro. A maior alta, contudo, ficou com a Usiminas (USIM5, R$ 3,99, +7,84%), que disparou com a confirmação de um lucro líquido de R$ 121 milhões no 1° bimestre do ano, indicando que a empresa sairá do prejuízo trimestral após dez períodos no vermelho.
Do lado negativo, as exportadoras foram as grandes prejudicadas, em meio à forte queda do dólar frente ao real nesta sessão. Apenas 5 das 58 ações do índice caíram. No setor de papel e celulose, prévias apontando fraqueza nos números do 1° trimestre também contribuíram para as perdas. A maior queda do Ibovespa foi a Fibria.
Após forte queda na última quinta-feira, as ações dos bancos mostraram forte alta nesta sessão, marcada por volatilidade elevada por conta do vencimento de opções sobre ações na bolsa.
Impulsionados por dados melhores do cenário interno, os papéis dos bancos subiram forte, com: Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,02, +4,64%), Bradesco (BBDC3, R$ 31,85, +3,92%; BBDC4, R$ 32,20, +4,48%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 38,78, +4,47%) e Santander (SANB11, R$ 24,36, +2,48%).
Puxadas pelo ânimo do mercado doméstico, as ações da Vale (VALE3, R$ 27,43, +0,04%; VALE5, R$ 26,42, +0,49%) e Bradespar (BRAP4, R$ 19,30, +1,53%) – holding que detém participação na Vale – ganharam força e fecharam em leve alta, se descolando dos preços do minério de ferro. A commodity negociada na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 3,43% nesta sessão, para fechar a 493 iuanes (71,60 dólares) por tonelada. Em Qingdao, a queda foi de 3,52%, a US$ 66.25 a tonelada.
As ações das empresas estatais buscam uma sessão de recuperação após despencarem na última quinta-feira, em meio às novas revelações da Odebrecht e as perspectivas de como isso poderia impactar as reformas em andamento, principalmente a reforma da previdência. Assim, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 14,65, +0,96%, PETR4, R$ 14,28, +1,42%) subiram, apesar do dia de queda do petróleo com a perspectiva de alta na produção dos EUA. Lá fora, os contratos do petróleo Brent recuavam 0,82%, a US$ 55,43, enquanto os do WTI caíam 0,94%, a US$ 52,68 o barril. Enquanto isso, o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,02, +4,64%) subiu forte após despencar 5,20% na quinta-feira.

Dólar despenca

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O dólar encerrou a segunda-feira em queda de mais de 1% e retornou ao patamar de R$ 3,10, com atuação do Banco Central no mercado e esforços do governo para manter o cronograma de votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional animando os investidores.
O dólar recuou 1,34%, a R$ 3,1044 na venda, maior queda desde 15 de março passado, quando cedeu 1,83%. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou R$ 3,0939.
Após do fechamento do pregão passado, o BC sinalizou que pretende rolar integralmente os US$ 6,389 bilhões que vencem em maio em swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares.
No primeiro leilão, nesta sessão, foram vendidos todos os 16 mil contratos ofertados, equivalentes a US$ 800 milhões. A última vez que o BC rolou integralmente swaps tradicionais foi os com vencimento de fevereiro. Hoje, o estoque de swaps está em pouco menos de US$ 18 bilhões.
“O BC… já se antecipou. Essa semana vai ser crucial, o governo vai mostrar se conseguiu agregar sua base, se ela tem alguma força”, comentou a diretora de câmbio da corretora AGK, Miriam Tavares.
No exterior, o dólar operou em queda neste início de semana, contribuindo para a trajetória doméstica, após dados de inflação norte-americanos no final da semana passada terem enfraquecido ainda mais apostas de mais aumentos de juros nos Estados Unidos além dos dois já precificados pelo mercado para o restante do ano. O dólar caíu ante uma cesta de moedas, também com tensões crescentes com a Coreia do Norte e que alimentavam a corrida para ativos seguros.

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