Diferentemente de faixas etárias de menor idade, que têm sofrido oscilações no volume de adesões, as contratações de planos médico-hospitalares voltadas ao público idoso têm crescido de forma constante. Em novembro de 2023, os beneficiários com 60 anos ou mais atingiram a marca de 7,5 milhões no País, número recorde desde o início da série histórica disponibilizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2000.
As informações são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 89, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess). O estudo revela ainda que as contratações de planos de saúde para atender à população idosa foram expressivas e se superaram, especialmente, no período de 12 meses encerrados em novembro do ano passado em todas as modalidades.
Nos coletivos empresariais, por exemplo, a variação anual foi de 5,9% – passaram de três milhões de vínculos, em novembro de 2022, para 3,2 milhões no mesmo mês de 2023. Os individuais ou familiares cresceram 3,1% e totalizaram 2,7 milhões de beneficiários. Já os coletivos por adesão, que contam com 1,6 milhão de vínculos, registraram crescimento de 4,3% no mesmo período.
Segundo o levantamento, essa indicação de alta constante em adesões a planos de saúde para idosos também está relacionada com o envelhecimento da população brasileira, conforme dados do Censo Demográfico do IBGE. Entre 2010 e 2022 a população idosa passou de 20,6 milhões para 32,1 milhões, uma alta de 56% desse público que representa 15,8% da população total no último ano.
No Brasil, o total geral de beneficiários com planos de saúde médico-hospitalares atingiu, em novembro do ano passado, a marca histórica de 50,9 milhões de beneficiários.
Já segundo relatório da Aon intitulado “Global Medical Trend Rates Report 2024”, no Brasil, a previsão é que a taxa média de aumento de planos de saúde corporativos em 2024 será de 14,1%, mantendo o patamar de 14,4% realizado em 2023.
O indicador encontra-se acima da taxa média da América Latina, que atingirá 11,6% em 2023 e 11,7% em 2024, com uma inflação geral de 4,3% este ano e 4,1% em 2024.
O estudo reúne informações dos escritórios da Aon que intermediam e administram planos médicos corporativos nos 113 países incluídos na pesquisa. Com base nas interações entre profissionais da Aon e clientes, os insights do relatório refletem as expectativas quanto às tendências dos custos de saúde nos âmbitos local, regional e global.
As taxas representam uma previsão dos aumentos percentuais que serão necessários para compensar a inflação de preços projetada, considerando a evolução do comportamento de utilização dos planos médicos e custos dos eventos tais como (exames, terapias e internações), além do impacto da incorporação à cobertura obrigatória (rol de procedimentos) de novas tecnologias e medicamentos.
Para 2024, a Aon prevê que a média global de aumento será de 10,1%, acima dos 9,2% registrados no ano anterior e a mais alta desde 2015.
O relatório prevê que 60% das empresas mundialmente avaliam flexibilizar seus benefícios como estratégia de mitigação que lhes permitirá maior controle de seus gastos e custos, se tornando uma ferramenta eficiente de recursos humanos para oferecer pacotes de benefícios diferenciados.