O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,08% em maio. No mês anterior, a taxa havia sido -0,33%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 0,34% no ano e queda de 1,27% em 12 meses. Em maio de 2023, o índice havia caído 1,53% no mês e acumulava queda de 3,49% em 12 meses. É o que apontou levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Em maio, os três componentes do IGP-10 mostraram aceleração. O Índice de Preços ao Produtor (IPA), que tem maior peso no IGP-10, registrou aumento de 1,34%, com o minério de ferro contribuindo sozinho para 53% desse resultado. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o destaque foi para o grupo transportes, que registrou aumento de 1,44% no preço da gasolina. No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o principal destaque foi a mão de obra, cuja taxa de variação avançou de 0,50% em abril para 0,92% em maio”, conforme apontado por André Braz, economista do Ibre.
Em maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) observou uma alta de 1,34%, invertendo o comportamento quando comparado à taxa registrada no mês anterior, de -0,56%. Analisando os estágios de processamento mais detalhadamente, nota-se que os preços dos bens finais apresentaram uma nova queda, porém em patamar inferior, variando de -0,36% em abril para -0,18% em maio. Esse movimento foi influenciado principalmente pelo subgrupo de alimentos processados, que viu sua taxa variar de -0,93% para 0,76%. Por outro lado, o índice relativo a bens finais (ex), com exceção dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou alta de 0,45% em maio, um acréscimo em relação a taxa de -0,28% observado no mês precedente.
No grupo de bens intermediários, a taxa acelerou de 0,71% em abril para um notável aumento de 0,91%, em maio. Esta alta foi primordialmente impulsionada pela recuperação nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a construção, que viu sua taxa passar de uma queda de 0,21% para um crescimento de 0,85%. Excluindo-se o impacto do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de bens intermediários (ex) registrou um aumento de 0,88% em maio, superior a alta de 0,63% vista no mês anterior.
A taxa do grupo matérias-primas brutas passou de -2,23% em abril para 3,45% em maio. As principais contribuições para a troca do sentido do índice do grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-14,46% para 11,70%), café em grão (3,52% para 15,28%) e bovinos (-2,13% para 0,54%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: laranja (4,50% para -8,51%), cana-de-açúcar (-0,97% para -2,59%) e aves (-1,02% para -2,32%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,39% em maio. Em abril, o índice variara 0,21%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: educação, leitura e recreação (-1,72% para -0,51%), transportes (0,19% para 0,64%), saúde e cuidados pessoais (0,49% para 0,78%) e comunicação (-0,21% para 0,57%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-10,60% para -3,71%), gasolina (-0,07% para 1,44%), medicamentos em geral (1,16% para 2,66%) e tarifa de telefone móvel (0,36% para 1,90%).
Em contrapartida, os grupos habitação (0,54% para 0,26%), alimentação (0,73% para 0,53%), vestuário (0,05% para -0,02%) e despesas diversas (0,19% para 0,16%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: aluguel residencial (2,07% para 1,19%), frutas (3,61% para 0,98%), calçados (0,07% para -0,35%) e serviços bancários (0,34% para 0,04%).
Em maio, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma variação de 0,53%, mostrando um aumento em relação à taxa de 0,33% observada no mês anterior. Analisando os componentes do INCC, observamos movimentações iguais entre os grupos. Materiais e equipamentos apresentaram nova alta, passando de crescimento de 0,19% em abril para 0,24% em maio. Por outro lado, serviços, que subira 0,40% em abril, apresentou um aumento de 0,52% em maio. Já a mão de obra obteve aumento importante, passando de 0,50% em abril para 0,92% em maio.
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