Imóveis desocupados: Rio chega a 7,5% na taxa de vacância em março

Valores dos aluguéis caem 1,21%, no período; bairros como Rio Comprido, Maracanã e Catete registraram maiores quedas

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Aluguel (Foto: Rovena Rosa/ABr)
Aluguel (Foto: Rovena Rosa/ABr)

Estudo mensal de inteligência imobiliária da APSA sobre o valor de aluguéis no Rio de Janeiro, no mês de março, registra queda de 1,21% nos valores anunciados em relação ao mês anterior, com o metro quadrado médio em R$ 49,38, ou seja, o valor médio do aluguel de um imóvel de 100 m² está em R$ 4.938. Apesar da queda em março, o aluguel médio cresceu em 9,14% em relação a março de 2024 – puxado por bairros como o Maracanã, cujo aumento foi de 28,45% em um ano (destacar que é de março de 2024 até março de 2025), Copacabana também cresceu 16,82%, e Laranjeiras, 12,84%.

Em março, dos 17 bairros analisados, nove tiveram o preço do metro quadrado para locação menor no mês, em comparação a fevereiro. Os bairros Rio Comprido, Maracanã e Catete registraram as maiores quedas, com -3,67%, -2,21% e -2,10%, respectivamente, em comparação com o mês de fevereiro. Dentre os bairros com maior percentual de aumento, destaque para Leme (10,60%), Méier (6,68%) e Laranjeiras (3,03%). O estudo foi realizado a partir de 4 mil ofertas de imóveis para alugar, de apartamentos de 1 a 3 dormitórios nos principais bairros. Outro dado que merece destaque é a velocidade em que os imóveis estão sendo alugados. Em Copacabana, por exemplo, o imóvel levou em média 14 dias para ser locado, no período de janeiro a março. Na Tijuca, levou em média 28 dias. Em Botafogo, 22 e na Barra da Tijuca, 19.

O estudo também aponta a quantidade próxima de imóveis disponíveis para locação no Rio de Janeiro, a chamada vacância residencial. A taxa de março é de 7,5% e continua abaixo da taxa ideal, de 8 a 10 %. Segundo a pesquisa, bairros como Recreio, Barra e Laranjeiras registram maior percentual, com 14% e 13,4% respectivamente, no período. Barra e Laranjeiras apresentam a mesma variação. Já entre os bairros com menor vacância, destacam-se Catete, Grajaú, Flamengo e Leme, com taxas entre 0 e 2,6%.

Segundo Leonardo Schneider, diretor-superintendente da APSA e vice-presidente do Secovi Rio, houve aumento na oferta de imóveis para locação na Barra e no Recreio, com as incorporadoras entregando condomínios novos e por isso a taxa de vacância na região está maior. Além disso, a Barra e o Recreio são bairros cujos aluguéis tiveram maior aumento nos últimos anos.

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“Quando o mercado está atraente, observamos a entrada de novos investidores, aumentando ainda mais as opções de imóveis disponíveis para aluguel. Neste momento, essa movimentação pode ser vista em bairros como Barra da Tijuca, Recreio, Centro e em alguns bairros da Zona Norte. Com o tempo, a tendência é o mercado se estabilizar, fazendo com que os valores possam até mesmo cair em alguns bairros, devido ao alto número de imóveis disponíveis”, comenta Leonardo.

“Em 2021, o metro quadrado médio na Barra era na faixa de R$ 43 e hoje está em R$ 73. No Recreio, era de R$ 30 e hoje está em R$ 41,68. isso faz com que alguns moradores tenham também que se deslocar, mas certamente o maior impacto para o aumento da oferta de imóveis na região para alugar são novos condomínios”, reforça.

A pesquisa estima que 14,10% dos lançamentos imobiliários nos próximos três anos ocorrerão no Recreio dos Bandeirantes e 8,8% na Barra da Tijuca, local com maior oferta de terrenos e um bairro com muitas atratividades.

Já a queda média dos aluguéis é uma realidade nesse primeiro trimestre apenas. No último ano o aluguel subiu no Rio cerca de 9%.

“Apenas no último trimestre é que verificamos queda média de 0,84%. Acreditamos ser algo momentâneo porque as pessoas estão um pouco mais inseguras com os impactos econômicos de questões mundiais no Brasil, como aumento de tarifas dos EUA, e estão segurando gastos maiores. Porque a realidade hoje é que os juros altos estão prejudicando a aquisição de imóvel próprio e a demanda pelo aluguel continua muito alta. E a economia do Rio vem também crescendo e a taxa de desemprego está caindo. Não vislumbramos mais queda de preços no curto prazo”, finaliza.

Já quando o assunto é mercado imobiliário de alto luxo, o setor vive um de seus momentos mais promissores. Só em 2024, o segmento movimentou R$ 38 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) no Brasil, alta de 46,1% em relação ao ano anterior, segundo dados da Brain Inteligência Estratégica.

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