Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). “Esse dado ressalta o papel estratégico da previdência complementar para a economia em um cenário de longevidade crescente”, afirma a associação.
A importância de estratégias para equilibrar risco e retorno frente ao maior envelhecimento da população foi tema central no novo episódio do podcast Vai fundo produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Para falar sobre o assunto, a gerente-executiva da Anbima, Soraia Barros, conversou com Henrique Jäger, CEO da Petros, e Luiz Sorge, sócio e diretor de Estruturas da XP Asset.
No episódio, Jäger comenta que há 20 anos a maioria dos participantes da Petros eram ativos e contribuíam para o fundo sem usufruir dos benefícios. Segundo ele, atualmente este quadro se inverteu: “Hoje, 70% dos participantes são assistidos, o que gera uma pressão financeira, pois há pagamentos mensais de aposentadorias e pensões. Isso exige uma gestão mais ativa, utilizando ferramentas como a gestão de ativos e passivos para alinhar vencimentos dos investimentos com as obrigações de pagamento”, afirmou Jäger.
O debate também evidenciou a necessidade de diversificação das carteiras dos fundos de pensão, que atualmente alocam a maior parte de recursos em títulos públicos ou outros ativos de renda fixa. Sorge afirma que essa concentração não tem paralelo em outros países, onde os fundos de pensão costumam diversificar mais, investindo também em renda variável, private equity e outros instrumentos de longo prazo. E faz uma provocação: “talvez deva haver um pouco mais de marketing por parte das entidades fechadas de previdência complementar na divulgação do benefício em si e desse fator positivo de acumulação de média e longo prazo”.
Os especialistas concordam que, para enfrentar esses desafios, além de ajustes regulatórios, é fundamental aumentar a educação financeira da população e fomentar a cultura de poupança para garantir uma aposentadoria estável no futuro.