Dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostram que, em dezembro de 2022, 5,74 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram alcançadas pela inadimplência. Comparado com o mesmo mês de 2021, a variação foi de 7%.
Ainda na avaliação do cenário das Micro e Pequenas Empresas em dezembro, 52,5% foram do setor do serviço, 39,1% do comércio, 7,9% da indústria e 0,5% do segmento de outros. A quantidade foi de 39,5 milhões de dívidas negativadas cujo valor chegou em R$ 89,1 milhões. Cada empresa tinha, em média, 6,9 contas atrasadas que, juntas, somam por volta de R$ 15.521,20. A maior parte das MPEs com CNPJs negativados eram do Sudeste (53%) e a menor parcela do Norte (5,3%). Com São Paulo (1.865.890), Minas Gerais (560.084) e Rio de Janeiro (511.401), o Sudeste liderou o ranking das UFs com mais micro e pequenas empresas inadimplentes.
O mês de dezembro registrou mais de 6,44 milhões de empresas inadimplentes. Considerando todos os portes, a somatória das dívidas atrasadas chegou em 45,8 milhões com valor total de R$ 110,2 milhões, sendo a média de 7,1 boletos e R$ 17.123,10 devidos por empresa. Cerca de 54% dos negócios com CNPJs no vermelho eram do setor de serviços. Na análise por segmentos nos quais os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas, outros (categoria que engloba em sua maioria indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio) foi o que se destacou (28,4%).
Já quando o assunto é dívidas das famílias, dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontam que a parcela de famílias com dívidas – em atraso ou não – se manteve em 78% na passagem de dezembro de 2022 para janeiro deste ano. Em janeiro do ano passado, o percentual era de 76,1%.
Entre aqueles que ganham até três salários mínimos, os endividados são 79,2%. Já aqueles que ganham mais de 10 salários são 74,4%.
As famílias com dívidas em atraso, as chamadas inadimplentes, somam 29,9% do total, abaixo dos 30% de dezembro, mas acima dos 26,4% de janeiro do ano passado.
Entre aquelas com renda de até três salários mínimos, 38,7% são inadimplentes. Já entre os que ganham mais de dez salários, a inadimplência atinge 13,5%.
As famílias que não terão condições de pagar suas dívidas são 11,6%, percentual superior aos 11,3% de dezembro e aos 10,1% de janeiro de 2022.
O problema atinge 17,4% daqueles que ganham até três salários mínimos e 2,9% dos que ganham mais de 10 salários.
Com informações da Agência Brasil
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