O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada 10 brasileiros adultos (40,17%) estavam negativados em janeiro de 2025, o que representa 68,83 milhões de consumidores. Em comparação com janeiro de 2024, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 2,76% em janeiro de 2025. Na passagem dezembro para janeiro, o número de devedores cresceu 1,57%.
A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 estados da Federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em janeiro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.
“Com a nova alta, a inadimplência em janeiro de 2025 reflete um cenário desafiador para muitos consumidores, especialmente para aqueles em idade economicamente ativa (30 a 39 anos). Podemos perceber um ciclo de endividamento onde o consumidor fica inadimplente, tem dificuldade de buscar crédito, tenta negociar suas dívidas, mas acaba voltando prapara a inadimplência. As altas taxas de juros, a inflação dos alimentos que corrói o poder de compra das famílias, especialmente das de menor renda, e a dificuldade de pagamento são os principais obstáculos enfrentados”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de três a quatro anos (38,49%).
O número de devedores com participação mais expressiva em janeiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,74%). De acordo com a estimativa, são 17,03 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (50,13%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,10% mulheres e 48,90% homens.
Em janeiro de 2025, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.492,09 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,14 empresas credoras, considerando todas essas dívidas. Os dados ainda mostram que quase três em cada 10 consumidores (30,79%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,51% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
Em janeiro de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 4,51% em relação ao mesmo período de 2024. O dado observado em janeiro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de dezembro/2024 para janeiro/2025, o número de dívidas apresentou alta de 3,09%.
Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 7,71%. em outra direção, as dívidas com o setor credor de comércio (‐6,22%), água e luz (‐5,90%) e comunicação (‐4,66%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 65,98% do total. Na sequência, aparece água e luz (10,20%), o setor de comércio com 10,05% e outros com 8,04% do total de dívidas.
Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da Região Centro‐Oeste (9,91%), pelo Norte (4,83%), Nordeste (3,90%), Sudeste (2,88%) e Sul (1,34%). Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na Região Centro‐Oeste, onde 43,80% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na Região Sul, a proporção de negativados equivale a 35,70% da população adulta.
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