Inadimplência do BB deve aumentar mais neste ano

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A inadimplência do Banco do Brasil deve subir mais até o final do ano, principalmente a de pessoa jurídica, informou o vice-presidente de gestão financeira, José Maurício Coelho. “Esperamos que tenha uma elevação nos índices atuais, que está em 2,6%, um comportamento compatível com o atual cenário econômico”, acrescentou.

O BB alterou o guidance para 2016 no tocante a provisão de devedores duvidosos. Na projeção lançada no começo do ano, o banco esperava aumento entre 3,7% e 4,1% nessas provisões, mas agora espera que a PDD aumente entre 4% e 4,4%.

O guidance para retorno sobre patrimônio líquido ajustado também foi alterado pela instituição financeira, passando da previsão anterior entre 11% e 14%, para nova estimativa entre 9% e 12%.

O banco divulgou que o lucro encolheu 57,5% no primeiro trimestre de 2016, em relação a igual período do ano anterior, para R$ 1,28 bilhão. O número desconsidera efeitos extraordinários sobre o resultado, como a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) adicional no valor de R$ 2,04 bilhões.

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Levando conta os itens extraordinários, o lucro líquido teria caído 59,5%, para R$ 2,35 bilhões. Coelho disse que o lucro foi impactado negativamente pelo setor de óleo e gás, cujo “caso isolado exigiu provisão de R$ 2,02 bilhões”, disse.

A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias prestadas, somou R$ 775,6 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2015 e queda de 2,6% na comparação com a posição observada ao fim do quarto trimestre de 2015.

O RSPL (retorno sobre o patrimônio líquido) anualizado caiu 8,9 pontos percentuais a 5,6% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2015, quando a taxa estava em 14,5%, e registrou baixa de 6,4 pp ante o último trimestre do ano passado (12%).

As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 9,145 bilhões no trimestre, aumento de 61,7% em comparação com as provisões do mesmo intervalo do ano anterior.

Os índices de inadimplência do Banco do Brasil mantiveram-se abaixo dos observados no SFN. Ao final de março, o índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 2,60% da carteira de crédito, acima do registrado no quarto trimestre de 2015 (2,24%) e abaixo do primeiro trimestre do ano anterior (1,84%).

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