Inadimplência é recorde: 7,3 milhões de empresas somaram dívidas de quase R$ 170 bi

Empresas do segmento de serviços foram as mais negativadas no período (53%); micro e pequenas puxaram os números

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Salão de orientação para microempreendedor individual - MEI (Foto: Patrícia Cruz/ Sebrae-SP)
Salão de orientação para microempreendedor individual - MEI (Foto: Patrícia Cruz/ Sebrae-SP)

A inadimplência das empresas no Brasil bateu novo recorde em março e chegou ao patamar de 7,3 milhões, o maior registrado desde o início da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Esse total concentra 31,9% dos negócios existentes, aumento de 1 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2024.

O valor das dívidas somadas também bateu recorde, chegando a R$ 169,8 bilhões – o maior volume desde o início do levantamento. Em média, cada CNPJ teve cerca de 7,3 contas negativadas no período, com tíquete médio da dívida em R$ 3.186,8. Confira a seguir os dados sobre valores das dívidas:

“O cenário de inadimplência recorde entre as empresas reflete os efeitos prolongados de juros elevados, além das dificuldades de acesso ao crédito, especialmente para os pequenos negócios. Esses são os mais impactados porque, em geral, têm menor capital de giro, maior dependência do crédito bancário e menos margem para absorver oscilações do mercado”, avalia a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.

Ainda segundo o indicador, a maior parte das empresas negativadas eram do segmento de serviços, que liderou com 53%, seguido por comércio (34,8%), indústria (8%), outros (3,3%), que contempla negócios financeiro e do terceiro setor, e primário (1%). Já em relação ao setor das dívidas, a maioria foi inadimplida no segmento de serviços (31,6%) seguido por bancos e cartões (20,7%). Considerando as regiões, os três estados com as maiores taxas de inadimplência em março foram: Distrito Federal (40,9%), Alagoas (40,3%) e Pará (39,8%).

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Em março, 6,9 milhões das empresas inadimplentes eram de micro e pequeno porte. Juntos, esses negócios acumularam mais de 48 milhões de dívidas, totalizando um valor superior a R$ 146,2 bilhões.

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