Inadimplência no Brasil soma R$ 92 bi, a maior desde 2012

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Dinheiro na mão
Dinheiro na mão (Imagem: divulgação)

De acordo com o Painel de Operações de Crédito do Banco Central, o país iniciou 2022 com R$ 4,6 trilhões (dados de dezembro de 2021) em carteira de crédito. Ainda segundo o mesmo levantamento, a taxa de inadimplência equivale a 2% desse montante. Ou seja: as dívidas não pagas referentes à carteira correspondem a R$ 92 bilhões.

Essa inadimplência registrou ligeiro crescimento, se comparada ao final de 2020, quando, em dezembro daquele ano, estava em 1,86%. Em termos percentuais, a situação é melhor que 10 anos atrás, por exemplo, quando essa inadimplência atingiu 3%. Em contrapartida, àquela altura a carteira de crédito pouco passava dos R$ 2 bilhões. Em outras palavras, em cifras absolutas, os R$ 92 bilhões de inadimplência atuais são o maior montante desde 2012, pelo menos.

Já de acordo com a Serasa Experian, em fevereiro, o país chegou à marca de 65,2 milhões de inadimplentes. Isso corresponde a mais do que um quarto da sua atual população. O levantamento levou em consideração os dados relativos ao Cadastro de Pessoa Física (CPF). Além disso, estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Turismo (CNC) revelou que, em abril, 77,7% das famílias atrasaram 30% das contas ao final do mês.

Por outro lado, pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) de Economia Bancária e Expectativas mostra melhora na expectativa para a taxa de inadimplência da carteira livre deste ano, que recuou de 4,0% na pesquisa de março para 3,8%, ainda acima dos 3,3% verificados em fevereiro. Assim, os bancos mantêm a perspectiva de alguma deterioração ao longo de 2022, que deve retornar ao patamar pré-pandemia de 3,8% em fevereiro de 2020.

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