Inadimplência no comércio do Rio cresceu 1,3% em abril

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A inadimplência no comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro cresceu 1,3% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio). Foi o quarto mês consecutivo de aumento da inadimplência ( 1,8% em janeiro, 0,5% em fevereiro e 1,2% em março)
As dívidas quitadas (item que mostra o número de consumidores que colocaram suas contas em dia) e as consultas (item que indica o movimento do comércio) diminuíram, respectivamente, 3,8% e 8,6%.
Ao comparar abril com o mês anterior (março), os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito mostram que a inadimplência, as dívidas quitadas e as consultas cresceram, respectivamente, 8,4%, 3,6% e 10,5%.
No acumulado dos quatro meses do ano (janeiro/abril) em relação ao mesmo período de 2015, a inadimplência cresceu 1,2% e as dívidas quitadas e as consultas caíram, respectivamente, 2,2% e 8,2%.
Segundo o LIG Cheque, registro de cadastro da entidade, a inadimplência aumentou 1,9% e as dívidas quitadas e as consultas diminuíram, respectivamente, 1,5% e 12,6% em abril relação ao mesmo mês de 2015.
No acumulado dos quatro meses do ano (janeiro/abril) em relação ao mesmo período do ano passado, a inadimplência cresceu 1% e as dívidas quitadas e as consultas diminuíram, respectivamente, 0,5% e 11%.
Comparando-se abril com o mês anterior (março), a inadimplência e as consultas aumentaram, respectivamente, 13,1 e 6,7% e as dívidas quitadas caíram 0,6%.

Números avançaram 3,5% nos últimos 12 meses no Brasil
A inadimplência do consumidor obteve alta de 3,5% no acumulado em 12 meses até abril (acumulado entre maio de 2015 e abril de 2016 contra os 12 meses antecedentes) de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. No acumulado do ano a elevação foi de 4,3% quando comparado ao mesmo período em 2015. Na avaliação contra o mesmo mês do ano anterior houve queda de 0,1%, enquanto na série com ajuste sazonal a inadimplência recuou 0,2% na comparação com o mês anterior.
Regionalmente, em termos interanuais (abril de 2016 contra abril de 2015) o Norte apresentou a maior elevação, de 4,0%, seguido pelo Sudeste, onde o indicador subiu 1,0%. As demais regiões apresentaram quedas, sendo a mais acentuada na Região Sul, de 5,5%, seguido pelo Nordeste e Centro-oeste, ambas com variações de -0,5%.
O aumento do desemprego e a queda dos rendimentos têm contribuído decisivamente para diminuição do orçamento das famílias, levando ao atraso nos pagamentos. Após três anos de estabilidade, a inadimplência dos consumidores esboça sinais de que sua taxa poderá se elevar até o fim de 2016.

Em um mês, 500 mil novos consumidores entraram no SPC
O número de consumidores com contas em atraso voltou a subir nas quatro regiões analisadas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o indicador das duas instituições, no último mês de abril frente a igual período do ano passado, houve um aumento de 5,80% no volume de brasileiros inadimplentes no consolidado das regiões Nordeste, Norte, Centro-oeste e Sul. O indicador não considera os dados da Região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, conhecida como “Lei do AR”, que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo. Somente na passagem de março para abril, aproximadamente meio milhão de brasileiros (500 mil) deixaram de pagar alguma conta e foram inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, totalizando mais de 59,2 milhões de consumidores em todo o país com o CPF negativado, enfrentando dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos ou contrair crédito de modo geral. Isso significa que 39,9% da população brasileira com idade entre 18 e 95 anos está inadimplente e com o nome registrado em serviços de proteção ao crédito.
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o aumento na quantidade de consumidores negativados reflete as dificuldades do atual cenário macroeconômico com piora dos índices de renda e aumento das demissões.
– Ao longo dos últimos meses, o movimento da inadimplência tem sido influenciado pela contínua piora do cenário econômico, que corrói a renda das famílias, e pela maior restrição ao crédito. Por um lado, a restrição limita o potencial de endividamento das pessoas, mas, por outro, a queda da renda impõe ao consumidor dificuldades para pagar dívidas e honrar seus compromissos financeiros – diz.
Das quatro regiões contempladas pelo indicador, é no Nordeste onde o número de inadimplentes mais tem crescido, com alta de 7,64% em abril frente a igual mês do ano passado. Em seguida aparecem as regiões Norte (4,38%), Centro-oeste (4,26%) e Sul (4,15%).
Com 5,4 milhões de nomes registrados nos cadastros de devedores, a região Norte apresenta, em termos proporcionais, o maior número de consumidores inadimplentes: 47,0% da população adulta da região está com o nome inscrito nos cadastros de devedores. O Centro-Oeste, que possui 4,9 milhões de pessoas com contas atrasadas tem a segunda maior proporção de inadimplentes frente a sua população total: 43,7%. A região Nordeste com 15,7 milhões de negativados apresenta algo como 40% da população adulta e o Sul, com um total de 8,1 milhões de consumidores negativados, apresenta a menor proporção (36,8% da população adulta). Os dados da região Sudeste não são apresentados devido as dificuldades impostas pela chamada ‘Lei do AR’, que vigora no Estado de São Paulo. Sem esta lei, o número real de consumidores inadimplentes em âmbito nacional pode ser ainda maior do que o verificado pelo indicador.
Além do aumento na quantidade de devedores, também houve alta na quantidade de dívidas registradas nos cadastros de inadimplentes. Neste caso, considerando as quatro regiões analisadas, a variação positiva foi de 6,09% na comparação anual – abril deste ano frente a abril do ano passado – e de 1,12% na comparação mensal, entre março e abril de 2016, sem ajuste sazonal.
A abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia revela que o brasileiro tem enfrentado dificuldades para realizar o pagamento, até mesmo, de contas básicas. O maior avanço no número de dívidas foi causado pelos atrasos cujos credores são as empresas concessionárias de serviços como água e luz, com alta de 16,68% na base anual de comparação.
– Além das dificuldades para custear despesas básicas, o resultado também reflete a disposição crescente dessas concessionárias em negativar os consumidores inadimplentes, como forma de acelerar o recebimento dos compromissos em atraso. Tem se tornado mais comum que essas empresas negativem o CPF do residente antes de realizar o corte no fornecimento – afirma a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Em segundo lugar, destaca-se o crescimento de 5,34% das dívidas bancárias, que englobam atrasos no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros, seguido pelo comércio (4,64%) e pelo setor de comunicação, que leva em consideração o não pagamento das contas de telefonia, internet e TV por assinatura. Ainda que o crescimento das dívidas no setor de contas de água e luz seja o principal destaque do mês de abril, as dívidas com os bancos são as que concentram, proporcionalmente, o maior número de pendências, com participação de 41,59% no total de dívidas em atraso das quatro regiões, seguido do comércio, com 24,20%.

Vendas no varejo caem 0,9% de fevereiro para março
O volume de vendas no comércio varejista recuou 0,9% de fevereiro para março deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi registrada depois de uma alta de 1,1% de janeiro para fevereiro.
As vendas recuaram 5,7% na comparação com março de 2015; 7% no acumulado do ano e 5,8% no acumulado de 12 meses.
Seis das oito atividades do comércio varejista tiveram queda nas vendas de fevereiro para março. A maior foi observada no setor de tecidos, vestuário e calçados (-3,6%). As outras quedas foram registradas nas atividades de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%), supermercados, alimentos e bebidas (-1,7%), combustíveis e lubrificantes (-1,2%), móveis e eletrodomésticos (-1,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%).
Por outro lado, foram registrados aumentos no volume de vendas nas atividades de equipamento e material para escritório, informática e comunicação (6,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%).
A receita nominal teve queda de 0,4% de fevereiro para março, mas subiu 6,2% na comparação com março de 2015, 4,7% no acumulado do ano e 3,1% no acumulado de 12 meses.
O chamado varejo ampliado, que inclui materiais de construção e vendas de veículos e peças, além dos oito segmentos do varejo, teve quedas, no volume de vendas, de 1,1% na comparação com fevereiro deste ano, de 7,9% na comparação com março de 2015, de 9,4% no acumulado do ano e de 9,6% no acumulado de 12 meses.

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Com informações da Agência Brasil

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