Inadimplência no ensino superior tem 1ª alta em 7 anos

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Um em cada quatro universitários usa o Fies

Capelato: situação já era esperada
Capelato: situação já era esperada

A inadimplência no ensino superior privado registrou a primeira alta em sete anos, de acordo com levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). Em 2015, 8,8% dos alunos estava com o pagamento da mensalidade atrasado em mais de três meses. Em 2008, a taxa era de 10%, manteve-se constante em 2009 e, desde então, registrou quedas até atingir 7,8% em 2014.
“Isso é um dado negativo, mas é algo que todo mundo já esperava, devido à crise no Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e à crise econômica que atinge o país”, disse à Agência Brasil o dire-tor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato. Cerca de 25% dos estudantes de instituições privadas são beneficiados por crédito estudantil.
Segundo Capelato, a taxa de inadimplência no setor foi mais elevada que a média dos demais setores em 2015, que ficou em 6,2%. O levantamento mostra que as instituições de pequeno porte, com até 2 mil alunos, são as que mais sofrem com a inadimplência, com um índice de 10,4%, em 2015. Nas instituições de grande porte, o índice ficou em 7,1%.
Para o diretor do Semesp, as mudanças no Fies tiveram grande impacto na alta da inadimplência. A partir de 2015, o programa, que oferece financiamento a juros baixos e condições melhores que as de mercado para estudantes, passou a ter um critério de seleção mais rígido. “Os alunos que ingressaram entre 2014 e 2015 entraram sem saber se conseguiriam o Fies. As instituições deram bolsas e crédito estudantil, mesmo assim ainda houve aumento na inadimplência”, diz. A expectativa do Sindicato é que em 2016 a inadimplência tenha leve alta, para 9%.

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