Inadimplentes priorizaram contas acima de R$ 10 mil

Quando o assunto é aluguel, Rio aponta queda da inadimplência pelo quinto mês consecutivo

180
Boletos bancários (Foto: Beto Nociti/BC)
Boletos bancários (Foto: Beto Nociti/BC)

Do total de dívidas dos consumidores vencidas em julho no país, 63,0% foram regularizadas em até 60 dias da negativação, ocorrida no mês de referência, ou seja, até setembro. Os dados são do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian e mostram, ainda, que as contas cujo valores eram acima de R$ 10 mil foram as mais priorizadas no período (75,6%).

“Manter as contas em dia é um desafio, que se torna ainda maior devido ao elevado patamar da taxa de juros. Ainda assim, o esforço dos consumidores está em pagar as dívidas mais caras, que advêm, geralmente, de financiamentos de veículos e imóveis que podem ser perdidos diante da falta de pagamento. Por isso, há uma tendência de priorização desses itens”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.

O ranking dos setores das dívidas que os brasileiros priorizaram para quitação no período foram o de bancos e cartões (72,4%) e de utilities (69,2%), que englobam contas básicas como água, energia e gás.

As contas atrasadas em até 30 dias foram as mais regularizadas no período pelos consumidores inadimplentes (76,2%), sendo as menos contempladas aquelas com mais de um ano do vencimento (24,9%).

Espaço Publicitáriocnseg

Na visão por unidades federativas, o indicador revelou que Sergipe liderou com a maior taxa de recuperação de crédito dos consumidores em até 60 dias após o vencimento, em julho (77,5%). O ranking dos principais estados seguiu com Paraíba (72,6%), Acre (71,4%), Rio de Janeiro (67,3%) e Ceará (67,1%).

Já quando o assunto é inadimplência de aluguel, a taxa no Rio de Janeiro caiu 0,06 ponto percentual entre outubro e novembro, passando de 3,56% para 3,50%. Foi o quinto mês consecutivo de queda do indicador no estado, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário.

A redução no Rio de Janeiro segue uma tendência nacional, uma vez que a taxa de inadimplência locatícia na média do país decresceu na comparação com outubro, passando de 3,31% para 3,20%. Entre as regiões do Brasil, o Norte lidera o ranking com a maior taxa de inadimplência do período, com 6,10%, seguido do Nordeste (4,87%), Sudeste (2,89%), Centro-Oeste (2,88%) e Sul (2,64%).

O levantamento aponta que a Paraíba, a exemplo do que ocorreu em outubro, registrou a maior taxa de novembro, desta vez com 15,77%. A lista das maiores taxas de inadimplência locatícia segue com Amazonas (12,29%), Rondônia (7,78%), Pará (6,31%) e Piauí (5,80%). No ranking dos estados com as menores taxas, aparecem Santa Catarina (1,88%), Sergipe (1,89%), Espírito Santo (2,22%) e Distrito Federal (2,26%), além de Minas Gerais (2,40%), Amapá (2,41%) e Rio Grande do Sul (2,83%).

Nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência nacional foi na faixa de aluguel acima de R$ 13 mil (5,41%), enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2 mil a R$ 3 mil (1,82%). Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa de até R$ 1.000 trouxe a maior taxa (6,54%), e a menor foi na faixa de R$ 2 mil a R$ 3 mil, de 3,50%. Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu de 2,34%, em outubro, para 2,22%, em novembro; e a de casas, de 3,79% para 3,54%. Os imóveis comerciais tiveram 4,14% de inadimplência, 0,09 ponto percentual acima de outubro, que fechou em 4,05%.

O estudo contou com dados de mais de 800 mil clientes locatários, em todo o Brasil, sendo considerados inadimplentes aqueles que possuem boletos que estão há mais de 60 dias sem pagamento ou que foram pagos com atraso de mais de 60 dias.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui