Incerteza da economia volta a recuar em dezembro

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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas recuou 3,5 pontos em dezembro, para 142,3 pontos. O indicador está 27,2 pontos acima do nível de fevereiro passado (último mês antes do início da pandemia no Brasil) e 5,5 pontos acima do nível máximo anterior a esse período, alcançado em setembro de 2015.

“Após alta no mês anterior, o indicador de que mede a incerteza brasileira voltou a recuar em dezembro, influenciado pelo início da vacinação em vários países e do aumento das expectativas, ainda que modestas, sobre a possibilidade de uma recuperação econômica e social nos próximos meses. Apesar do resultado, o IIE-Br termina o ano de 2020 em patamar superior a 140 pontos, nível ainda bastante desfavorável, que reflete as incertezas em torno da piora sanitária no Brasil e o conturbado cenário da vacinação no país, até então. No curto prazo, não há sinalização de que o nível de incerteza retorne a patamares mais satisfatórios, devido aos enormes desafios que o Brasil ainda precisará enfrentar nos mais variados temas”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza recuaram em dezembro. O componente de mídia recuou 0,2 ponto, para 129,4 pontos, contribuindo negativamente em 0,2 ponto para a queda do indicador geral no mês. O componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões para os próximos 12 meses, despencou 15,8 pontos para 176,2 pontos e foi o que mais contribuiu para a queda no indicador agregado (3,3 pontos). Ambos os componentes não devolvem as altas dos piores momentos da pandemia. O componente de mídia termina 2020, devolvendo 80% das altas do bimestre de março e abril, enquanto o componente de expectativas devolve apenas 48% das altas entre março e maio e está a quase 60 pontos acima do período pré-pandemia (fevereiro de 2020).

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