Inclusão financeira no Brasil: impacto do Pix nos meios de pagamento

O impacto do Pix na inclusão financeira no Brasil: aumento do acesso a serviços e a digitalização econômica. Por Eduardo Goni.

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Pix na tela do celular
Pix (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Em um mundo cada vez mais digitalizado, as formas de realizar pagamentos e transações financeiras têm se diversificado significativamente. A coexistência de diferentes meios de pagamento reflete a preferência dos brasileiros por ter opções disponíveis que atendam às suas necessidades específicas. A inclusão social e financeira tem se tornado um aspecto crucial nesse processo, com a criação de soluções acessíveis que permitam a participação de todos os setores da população, especialmente daqueles anteriormente excluídos do sistema financeiro tradicional.

Além de fomentar a inclusão financeira dos brasileiros, permitindo que pessoas em diferentes contextos sociais e econômicos tenham acesso a formas de realizar transações financeiras, esse novo contexto de digitalização reforça como as instituições financeiras estão se adaptando para suprir as demandas da população, promovendo maior inclusão e oferecendo soluções efetivas que ampliem o acesso a serviços financeiros. A existência de diversos meios de pagamento é crucial para estabelecer um sistema financeiro resiliente e inclusivo.

Segundo dados da Abecs, os brasileiros fazem, em média, 120 milhões de pagamentos por dia. No primeiro semestre de 2024, o uso dos cartões ultrapassou o patamar de 22 bilhões de transações, o maior resultado para um semestre já registrado. Os seis primeiros meses do ano também intensificaram a tendência de digitalização da economia, com um crescimento de quase 19% no uso dos meios eletrônicos de pagamento pela internet e outros canais remotos, como aplicativos e carteiras digitais.

A inclusão financeira é um dos principais benefícios trazidos pelo Pix. Introduzido em novembro de 2020, a ferramenta permite que pessoas que antes não tinham acesso a contas bancárias tradicionais realizem transações de maneira fácil e segura. Além disso, micro e pequenos empreendedores também encontraram no Pix uma ferramenta eficiente para gerenciar pagamentos, recebendo diretamente de seus clientes, sem intermediários e taxas.

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A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária de 2024 revelou que o Pix solidificou sua presença no mercado brasileiro e continua em constante crescimento. No último ano, o sistema ultrapassou 114 milhões de usuários cadastrados, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. De acordo com dados do Banco Central, o Pix também foi responsável por incluir 71,5 milhões de novos usuários no sistema financeiro do país, promovendo a bancarização em todo o território nacional.

Ainda de acordo com a Febraban, no primeiro semestre de 2024, foram registradas 29 bilhões de transações por meio dessa forma de pagamento, representando um crescimento de 61% em comparação ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a julho, a ferramenta de pagamentos instantâneos transacionou mais de R$ 12 trilhões.

A evolução nos números de transações do Pix demonstra a aceitação dos usuários em relação às inovações oferecidas pelo sistema de pagamento. Dentre elas, as modalidades QR Code, estático e dinâmico têm crescido de forma significativa, indicando que o cliente adere a todas as soluções de pagamento incorporadas ao Pix.

A inovação representada pelo Pix, alinhada aos demais meios de pagamento disponíveis no Brasil, é, ainda, fundamental para alavancar a economia digital no país. A diversidade de opções de pagamento não apenas atende às diferentes necessidades dos consumidores, mas também impulsiona a inclusão financeira e promove um ambiente econômico mais dinâmico e acessível. Além disso, a pluralidade também estimula a inovação contínua, resultando em melhorias tecnológicas e novos serviços financeiros.

Entre as principais tendências para o futuro estão a expansão de serviços financeiros, a possibilidade de realizar transações internacionais e a criação de pagamentos parcelados e empréstimos vinculados ao Pix. Com a disseminação do acesso à internet e aos smartphones, o Pix tem o potencial de incluir ainda mais pessoas no sistema financeiro, especialmente aquelas em regiões mais remotas e carentes de infraestrutura bancária tradicional.

Eduardo Goni, CEO do Rendimento/Pay

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