Levantamento realizado pela plataforma Superlógica aponta que o índice de inadimplência no mercados condominial e imobiliário foi de 3,53% em junho.
De acordo com a pesquisa, o Nordeste lidera o ranking por região, com 5,60%, seguido do Norte (5,07%), Centro-Oeste (3,37%), Sudeste (3,16%), e Sul (2,59%). Entre os estados com maiores índices de inadimplência locatícia estão Paraíba, Amazonas e Sergipe com 13,89%, 13,59% e 7,83%, respectivamente. Já entre os estados com as menores taxas aparecem Espírito Santo (2,29%), Santa Catarina (2,26%) e Alagoas (1,37%). Nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência foi registrada em aluguéis acima de R$ 13 mil (7,92%), enquanto a menor foi de moradias de R$ 2 a R$ 3 mil (2,06%).
A última edição da pesquisa da Superlógica sobre dados de inadimplência, em junho, contou com dados de mais de 600 mil clientes locatários em todo o país, que possuem dívidas ou que pagaram o boleto com mais de 60 dias de atraso.
Já estudo elaborado com dados de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontou que as vendas de novos imóveis registraram uma alta de 43,7% no acumulado de 12 meses, encerrados em abril de 2024. Ao todo, foram comercializadas 179.861 unidades.
No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um aumento de 13,7% no volume de unidades comercializadas e de 28,1% no valor de vendas. O valor total lançado teve uma alta significativa de 16,6%, reforçando a retomada nos lançamentos para o segmento. Atualmente, a duração dos estoques está em 12 meses, comparado aos 24 meses registrados no início de 2023, indicando que os estoques voltaram a níveis saudáveis, permitindo o retorno de novos projetos.
O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou um aumento significativo tanto na quantidade de unidades vendidas (56,9%) quanto no valor total de vendas ao longo dos últimos 12 meses (65%). Além disso, houve um acréscimo expressivo de 29,2% no valor de venda dos lançamentos. Vale destacar que as recentes medidas do governo, como o FGTS Futuro, estão fortalecendo o mercado de habitação popular e ampliando o acesso à moradia para famílias de menor renda.
Segundo Luiz França, presidente da Abrainc, com a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, o mercado imobiliário está ainda mais atento às implicações para os consumidores. “A entidade já vinha enfatizando a urgente necessidade de novas fontes de funding para expandir o acesso ao financiamento imobiliário, especialmente para a classe média. Com a proposta aprovada na Câmara, que deixou o Fator de Desconto sobre a Alíquota Modal para a incorporação em apenas 40%, podemos ver aumentos significativos na carga tributária sobre operações imobiliárias. Para mitigar esses efeitos, é necessário elevar o redutor para 60%, garantindo a manutenção da competitividade do mercado e facilitando o acesso à moradia para a população”, destaca. O executivo reforça que o setor, responsável por mais de 2,9 milhões de empregos formais e que representa 7% do PIB nacional, poderá ser severamente afetado pelo aumento proposto na carga tributária, que representa um acréscimo de 40% em relação ao nível atual, impactando nos custos de produção e, consequentemente, nos preços dos imóveis, os quais, aliados à falta de funding, criarão mais barreiras para o acesso da população à casa própria.
Atualmente, a relação distrato sobre venda no segmento de médio e alto padrão permanece em baixo patamar (11,9%). Quando a Lei dos Distratos foi sancionada, em 2018, essa relação era de cerca de 40%.
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