O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) caiu 0,31% em junho de 2022, o que representa uma desaceleração em relação à taxa de 0,59% registrada no mês anterior, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,83% em maio para 8,05% em junho.
Entre maio e junho, a única cidade a apresentar elevação na variação média do aluguel residencial foi São Paulo. Para as demais cidades registrou-se desaceleração.
Já o comportamento das taxas interanuais (junho 22 / junho 21) ficou dividido. Duas cidades apresentaram desaceleração: Belo Horizonte (de 15,96% para 7,89%) e Porto Alegre (de 8,06% para 6,29%) e outras duas, aceleração: São Paulo (6,49% para 8,23%) e Rio de Janeiro (de 10,33% para 10,43%).
O potencial de consumo brasileiro mostra um 2022 mais voltado a gastos com habitação (aluguel, condomínios, financiamentos e impostos) do que com construção. É o que aponta levantamento realizado pela Geofusion. O gasto com habitação subiu de 24,2% da carteira de consumo dos brasileiros no ano passado, para 25,3%, neste ano. Já o consumo de material de construção e bricolagem, que experimentou um boom de 30% no início da pandemia, apresentou queda de cerca de 7%.
“O represamento no reajuste de muitos aluguéis, no auge da pandemia, acabou sendo compensado quando as primeiras medidas de flexibilização foram anunciadas. E isso impactou muito o orçamento das famílias. Além disso, tivemos aumento de impostos e condomínios. Isso fez com que o gasto para a reforma do lar fosse praticamente cortado da despesa das pessoas, assim como a compra de móveis e eletrodomésticos”, avalia Ana Helena Davinha, analista de Dados e Mercados da Geofusion.
Com informações da Agência Brasil
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