O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) variou 0,64% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,30%.
Com este resultado, o índice acumula alta de 13,7% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em janeiro de 2021, o índice subiu 0,93% no mês e acumulava alta de 9,39% em 12 meses. A taxa do índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,49% em dezembro para 1,09% em janeiro. O índice referente à mão de obra variou 0,14% em janeiro, contra 0,10%, em dezembro.
Segundo a pesquisa, no grupo materiais, equipamentos e serviços, a taxa correspondente a materiais e equipamentos subiu 1,05% em janeiro, após variar 0,48% no mês anterior. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de -0,45% para 0,66%.
“A variação relativa a serviços passou de 0,57% em dezembro para 1,28% em janeiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 0,00% para 4,81%”, diz o Ibre.
A taxa de variação referente ao índice da mão de obra variou 0,14% em janeiro, ante 0,10% em dezembro.
Já o Índice de Confiança da Construção (ICST), também medido pelo Ibre, caiu 3,9 pontos em janeiro, para 92,8 pontos, menor nível desde junho de 2021 (92,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,1 ponto.
A queda do ICST no mês foi resultado da piora na percepção dos empresários sobre momento atual e nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 2,1 pontos, para 90,7 pontos, menor nível desde julho do ano passado (89,4 pontos). A queda do ISA-CST foi influenciada tanto pela piora do indicador de carteira de contratos, que recuou 2,4 pontos, para 91,4 pontos, como pela piora do indicador que mede a situação atual dos negócios, que recuou 1,9 ponto, para 90,1 pontos. Ambos retornam ao menor nível desde julho de 2021.
O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 5,8 pontos, para 95,0 pontos, menor nível desde maio do ano passado (89,9 pontos) e retorna a patamar inferior ao nível neutro. Esse resultado se deve à uma deterioração das perspectivas sobre a demanda nos próximos meses. O Indicador que mede a demanda prevista recuou 6,6 pontos para 96,4 pontos, e o indicador que projeta a tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 4,9 pontos, para 93,6 pontos, menor nível desde maio de 2021 (90,5 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da construção recuou 1,5 ponto percentual (p.p.), para 74,9%. O Nuci de mão de obra e Nuci de máquinas e equipamento contribuíram negativamente, com variações de -1,2 e -1,1 p.p., para 76,3 %e 68,7%.
O indicador de evolução recente da atividade também registrou queda em janeiro. No entanto, ainda se mantém acima 100: desde julho de 2021, há mais empresas da construção que reportam crescimento da atividade do que diminuição. Mas a despeito da queda mensal do indicador consolidado, houve aumento das assinalações de crescimento em dois importantes segmentos: edificações residenciais e obras viárias.
Com informações da Agência Brasil
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