Indústria cinematográfica chinesa vê rápido crescimento na tecnologia de efeitos visuais

De batalhas míticas de tirar o fôlego em Ne Zha 2 a paisagens urbanas surpreendentemente realistas em Detetive Chinatown 1900, o cinema chinês cativou o público com inovações revolucionárias em efeitos visuais desde o início de 2025, proporcionando experiências de visualização emocionantes e envolventes.

Nos últimos anos, a indústria cinematográfica da China experimentou um rápido crescimento, marcado por constantes avanços na tecnologia de efeitos visuais. Com melhor conhecimento técnico, uma visão artística mais vibrante e uma contribuição mais substancial para a industrialização do cinema, o setor de efeitos visuais da China está mostrando um forte impulso de desenvolvimento.

O blockbuster de animação chinês Ne Zha 2, o primeiro filme a ultrapassar US$ 1 bilhão em um único mercado, continua a gerar vendas de ingressos estáveis. Esta sequência apresenta três vezes o número de personagens de seu antecessor Ne Zha, quase 2 mil tomadas de efeitos especiais e uma equipe de produção de mais de 4 mil pessoas. Seus créditos finais listam quase 140 estúdios de animação chineses envolvidos no projeto.

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De acordo com fontes do setor, as equipes chinesas de efeitos visuais agora podem dar vida a quase todos os conceitos visuais por meios técnicos. “A batalha climática entre os clãs demoníacos e o reino celestial em Ne Zha 2 envolve mais de 200 milhões de personagens. Todos os efeitos visuais foram produzidos por equipes chinesas, provando que o setor de efeitos visuais da China está agora na vanguarda do mundo”, disse Li Zhen, pesquisador do Centro de Pesquisa de Arte Cinematográfica da China.

Os avanços em efeitos visuais da China estão intimamente ligados ao rápido desenvolvimento da indústria cinematográfica do país asiático. A crescente demanda por produções habilitadas para efeitos visuais proporcionou amplas oportunidades para os estúdios chineses refinarem suas habilidades por meio de projetos do mundo real. Enquanto isso, o vibrante mercado cinematográfico chinês aumentou as expectativas do público por visuais ainda mais impressionantes, impulsionando ainda mais o progresso da indústria.

Fontes dizem que a tecnologia de IA desempenha um papel cada vez mais significativo nos estágios iniciais do design de efeitos visuais. Depois que um script é finalizado, a IA pode gerar centenas ou até milhares de imagens conceituais em um curto espaço de tempo, fornecendo referências visuais valiosas para a equipe de criação.

O surgimento do gerador de vídeo de IA Sora, em 2024, foi um evento marcante no mundo. Até então, a China ainda não havia desenvolvido seus próprios modelos de geração de vídeo de grande porte.

“Desde o segundo semestre de 2024, temos usado nossos modelos domésticos, como KLING e DreaminaAI, com mais frequência”, disse Chen Yi, fundador da Timeaxis, uma das primeiras empresas da China dedicadas à tecnologia de cinema e televisão digital, sediada na província de Zhejiang, no leste da China.

“Muitos de nossos colegas notaram que esses modelos de IA desenvolvidos internamente são cada vez mais adeptos ao uso de conteúdo com tema chinês. Com milhares de anos de rica herança cultural, nossa terra natal fornece uma profunda fonte de inspiração artística. Quanto mais esses modelos aprendem com nossos artistas de efeitos visuais, melhor eles capturam a estética e a expressão emocional chinesas. O progresso dos modelos de geração de vídeo chineses nos dá maior confiança no futuro de nossa indústria”, disse Chen.

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Com o avanço da indústria cinematográfica, os efeitos visuais se tornaram parte integrante de todo o processo de produção cinematográfica. Seja para filmes de ação ao vivo, filmes de animação ou sucessos de bilheteira de ficção científica, os efeitos visuais permitiram que diretores e roteiristas dessem vida às suas ideias criativas.

Veja Detetive Chinatown 1900, outro filme de grande bilheteira durante o feriado do Festival da Primavera deste ano, por exemplo. O filme inclui mais de 1.100 tomadas de efeitos visuais, e a equipe de produção construiu uma réplica em escala real da antiga São Francisco no Estúdio Laoling, em Dezhou, província de Shandong, no leste da China.

De acordo com o supervisor de efeitos visuais do filme, Xu Mingjun, a equipe de efeitos visuais começou a ler o roteiro ainda mais cedo do que os atores porque eles precisavam se preparar para a digitalização e modelagem. “Ao longo de todo o processo de pré-produção, filmagem e pós-produção, precisávamos trabalhar em estreita colaboração com a equipe de cinematografia para garantir que nossos planos de efeitos visuais se alinhassem perfeitamente com suas sequências de ação”, disse Xu.

O setor de efeitos visuais é uma referência de força tecnológica. Seu rápido crescimento na China nos últimos anos impulsionou o progresso da industrialização cinematográfica do país asiático.

O sucesso de Ne Zha 2 marca outro marco nas capacidades de efeitos visuais da China. Centenas de estúdios chineses colaboraram no filme, com alguns se especializando em simulação de chuva, outros em efeitos de partículas e ainda mais em animação de personagens. A expertise de alto nível e uma cadeia industrial cada vez mais refinada forneceram uma base industrial sólida para mais cineastas na China.

Liu Yang, Diário do Povo

*Projeto especial Monitor Mercantil – Diário do Povo

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