Indústria recuou 0,2% de outubro para novembro

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Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)
Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)

A produção industrial do país caiu 0,2% de outubro para novembro de 2021. Foi a sexta queda consecutiva do indicador, que acumula perdas de 4% no período de seis meses. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com novembro de 2020, a queda foi de 4,4%. Apesar disso, no acumulado do ano e no acumulado de 12 meses, a indústria acumula altas, de 4,7% e de 5%, respectivamente.

Na passagem de outubro para novembro, 12 das 26 atividades industriais tiveram queda na produção. As perdas mais relevantes foram observadas nos segmentos de borracha e de material plástico (-4,8%), metalurgia (-3%), produtos de metal (-2,7%), bebidas (-2,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%).

De acordo com o levantamento, 13 ramos da indústria tiveram alta. Os destaques foram produtos alimentícios (6,8%), indústrias extrativas (5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (2,9%).

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Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, foi a única com queda (-3%). Os bens de consumo duráveis, por outro lado, apresentaram o único ganho no mês (0,5%). Bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) mantiveram-se estáveis.

Segundo Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, por dentro do índice, avanço de 5% na indústria extrativa e queda de 0,4% na indústria de transformação. Destaque para as altas em fabricação de produtos alimentícios (6,8%), fabricação de produtos têxteis (2,3%), fabricação de produtos de madeira (3,6%), fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,7%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,9%). Por outro lado, destaque para as quedas em fabricação de bebidas (-2,2%), impressão e reprodução de gravações (-2,9%), fabricação de sabões, detergente, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (-4,5%), fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-4,8%), metalurgia (-3,0%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-2,7%) e fabricação de móveis (-3,4%).

“Apesar da alta na fabricação de veículos automotores (2,9%), evento que não ocorria desde abril de 2021, a abertura está 16,3% e 19,7% abaixo dos níveis de fevereiro e de dezembro de 2020, respectivamente.”

Ainda de acordo com o analista, “as recuperações em novembro da produção automobilística e da indústria extrativa não foram suficientes para evitar a queda na produção industrial. Com isso, o indicador encontra-se 4,3% abaixo do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020.”

“O resultado coloca um viés negativo para nossa projeção de crescimento de -0,65% para a indústria e de -0,3% para a atividade econômica no último trimestre e de 4,6% para o ano como um todo. Para frente, o avanço da variante Ômicron deverá continuar afetando as cadeias globais de produção e impactando negativamente a produção industrial, juntando-se ao aperto das condições financeiras do ciclo de alta da Selic, da incerteza gerada pelo ciclo eleitoral e fiscal, bem como pela perspectiva de retirada de estímulo nos EUA.”

Já de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada no fim de novembro e realizada pelo Instituto FSB Pesquisa junto a executivos de 500 indústrias de pequeno porte (de 10 a 49 empregados), 82% dessas empresas inovaram pelo menos uma vez nos últimos três anos.

Na pandemia, a inovação para firmar o negócio foi fundamental e, de acordo com o levantamento da CNI, 68% das pequenas indústrias inovaram e tiveram ganhos de lucratividade, produtividade e competitividade.

 

Com informações da Agência Brasil

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