
A Petrobras deverá registrar resultado financeiro positivo no terceiro trimestre deste ano (3T25): Lucro Líquido de R$ 34,1 bilhões; Receita Líquida de R$ 124,8 bilhões; Ebitda Ajustado de R$ 65,6 bilhões; e Distribuição de dividendos de até R$ 13,1 bilhões. As estimativas são do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). A companhia divulgará seus resultados operacionais e financeiros referentes ao período na próxima sexta-feira (7).
A projeção dos resultados realizada pelo Ineep revela que a companhia, após prejuízo R$ 17 bilhões no 4T24, apresentará o terceiro trimestre consecutivo de lucro líquido no 3T25. Depois de R$ 35,3 bilhões no 1T25 e R$ 17,7 bilhões no 2T25, estima-se que a companhia deve alcançar resultado positivo próximo de R$ 34,1 bilhões
O aumento da produção total de óleo, LGN e gás natural de 16,9%, quando comparada ao mesmo período de 2024 (3T24), garantido pela entrada em operação de 11 novos poços produtores no trimestre no polígono do pré-sal (já são 25 novos postos neste ano), e o incremento de 1,9% nas vendas de derivados no mercado interno, em especial derivados médios (diesel e QAV) e gasolina, foram fatores fundamentais para o resultado positivo.
Os preços médios dos derivados praticados pela companhia variaram em 12 meses de R$ 489,4 por barril no 3T24 para R$ 451,80 por barril no 3T25, queda de 7,7%, segundo estimativas do Ineep.
No 3T24, a companhia além dos dividendos ordinários (R$ 17,1 bilhões), pagou dividendos extraordinários a seus acionistas (R$ 19,9 bilhões).
Boas perspectivas
O segmento de E&P da Petrobras tem boas perspectivas nos próximos anos. A curva de produção total alcançará 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia em 2028. Com a transição energética, o mercado deve priorizar petróleos com menor pegada de carbono, afirma o diretor de Exploração e Produção da companhia, Joelson Falcão Mendes, na abertura do “Deep Dive Petrobras”, encontro realizado em Nova Iorque, na última semana, para aproximar a companhia dos investidores internacionais e aumentar a transparência junto ao mercado. Mendes diz que a companhia possui um diferencial competitivo, pois seus petróleos estão entre os mais descarbonizados do mundo.
O executivo reiterou que a demanda mundial por petróleo deve continuar alta nas próximas décadas e que projeções da Agência Internacional de Energia indicam que o Brasil pode ser responsável uma parte significativa deste suprimento, cerca de 5% do volume mundial de petróleo no futuro.
Novas tecnologias, como o uso de materiais anticorrosivos, plantas industriais 3D e digital twins estão trazendo mais eficiência e permitirão ainda mais geração de valor para a Petrobras.
Mendes destacou ainda a importância dos investimentos em exploração, que somarão US$ 7,5 bilhões até 2028. Nesse contexto, há os investimentos novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, que deve receber US$ 3,1 bilhões em exploração até 2028.
A carteira de projetos da companhia foi apresentada pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos. No horizonte do Plano Estratégico 2024-2028+, a companhia irá perfurar mais de 350 poços marítimos de desenvolvimento da produção, lançar mais de 8.000 km de dutos e colocar em operação 14 FPSOs, 10 dos quais já estão contratados. Travassos pontou que a cadeia de suprimentos da indústria de óleo e gás tem enfrentado desafios nos últimos anos e que a Petrobras está preparada para esse cenário.
O executivo também apresentou aos investidores iniciativas de pesquisa e desenvolvimento da Petrobras. Até 2028, a companhia investirá US$ 3,6 bi no segmento, com o objetivo de que a inovação tecnológica, que faz parte do DNA da Petrobras, siga impulsionando a construção do futuro da companhia. Travassos também pontuou que o Centro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), maior da América Latina, tem trabalhado de forma cada vez mais integrada com as áreas de negócio da Petrobras.















