A inflação da Zona do Euro acelerou para 3,4% em setembro no comparativo com o ano passado, atingindo a maior alta em 13 anos, de acordo com uma estimativa preliminar divulgada pelo Eurostat (o IBGE da União Europeia).
Os preços da energia continuaram a ser o principal impulsionador da inflação, aumentando 17,4% em relação ao ano anterior. Os preços dos alimentos, álcool e tabaco e produtos industriais não energéticos registraram um crescimento anual de 2,1%. O aumento nos preços dos serviços acelerou para 1,7%.
Carsten Brzeski, chefe de estudos macroeconômicos do ING, disse à agência de notícias Xinhua que, embora as taxas de inflação continuem a ser impulsionadas principalmente por fatores temporários, há indícios de que essa alta possa ser mais persistente do que o inicialmente previsto.
“Vemos dois tipos de efeitos secundários se materializando”, disse Brzeski. A primeira é que os produtores repassarão os maiores custos de produção aos consumidores, em vez de cortar suas margens, como faziam anteriormente.
“O segundo canal de transmissão será o salário. O descompasso no mercado de trabalho entre a falta de mão de obra qualificada e as taxas de desemprego ainda elevadas, bem como a regionalização da produção em decorrência de atritos na cadeia produtiva, pode levar a salários mais altos”, disse Brzeski.
Com Agência Xinhua.