Notamos um aumento do Banco Central em relação ao nível da moeda, com aumento das intervenções ao longo das últimas semanas. Por outro lado, temos também uma deterioração em relação ao prêmio de risco da economia brasileira e avanço nas expectativas de inflação para 2021. Há risco de que as expectativas de 2022 comecem a ser afetadas. Tudo isto ocorre em um ambiente global de abertura das taxas de juros, o que é mais um vetor de desvalorização do real. Ante isso, o movimento do Banco Central deve ser de elevação da taxa Selic. Acreditamos que uma elevação superior a 0.5% é possível, mas pouco provável (apesar de justificável). No entanto, ressalta-se que um ritmo de elevação de 50bps por reunião provocará uma elevação muito lenta da taxa de juros básica, o que sugere que o Banco Central tenha de entregar um ritmo mais acelerado nas próximas reuniões.
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Felipe Sichel
Estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais
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