O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro registrou alta de 0,95%. A variação é maior que a de outubro, que subiu 0,89%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015.quando o indicador ficou em 1,11%. No ano, o INPC acumula alta de 3,93%. Nos últimos 12 meses, o índice é de 5,2% e ficou acima dos 4,77% registrados no período imediatamente anterior. Em novembro de 2019, a taxa era de 0,54%.
O INPC é calculado com base nos gastos das famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, sendo que a fonte da chefia da família é assalariada. Os produtos alimentícios subiram de 2,11% em outubro para 2,65% em novembro. No caso dos não alimentícios, apesar da alta de 0,42%, o percentual ficou abaixo de outubro, quando registrou 0,52%.
O maior resultado foi o do município de Goiânia (1,40%). A explicação é a elevação nos preços das carnes (9,43%) e na energia elétrica (3,78%). O menor índice, por sua vez, ficou com a região metropolitana de Belém (0,36%), por causa do recuo nos preços da energia elétrica (-1,72%).
A diferença no cálculo dos dois indicadores é que o do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se refere às famílias que ganham até 40 salários mínimos, independentemente da fonte de rendimento.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2020 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979.
A inflação de novembro ficou em 0,89% com a influência da alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis. O percentual é mais alto do que o resultado de outubro, quando ficou em 0,86%. De acordo com o IBGE, é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015. Naquele momento o indicador atingiu 1,01%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,13% e, em 12 meses, de 4,31%, o que significa que é maior do que os 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, o indicador havia ficado em 0,51%.
Conforme o IBGE, faltando um mês para o fechamento do ano e com o acumulado de 4,31% em 12 meses, a inflação está dentro da meta do governo e próxima ao centro da meta, atualmente estipulada em 4,0%, com margem de 1,5% de tolerância, para mais ou para menos. Os preços de outros produtos importantes na cesta das famílias também subiram, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). Após as altas, o grupo de alimentos e bebidas variou 2,54%. Outras variações positivas foram da cerveja (1,33%) e do refrigerante e água mineral (1,05%) consumidos fora do domicílio. Esses dois produtos tinham registrado queda em outubro.
A segunda maior influência no índice de novembro foi o grupo de transportes, que teve alta de 1,33%. Neste caso, segundo a pesquisa, a inflação do grupo foi causada pelo aumento no preço da gasolina (1,64%).
O último mês em que houve deflação foi maio, quando apresentou queda de 0,38%. Desde junho ocorrem variações positivas e a de novembro é a mais alta do ano.
Os preços dos artigos de residência recuaram 0,86% em relação ao mês anterior. Conforme a pesquisa, esse movimento pode ser explicado pela queda nos preços dos artigos de TV, som e informática (-1,02%), que tinham aumentado 1,07% em outubro.
Com informações da Agência Brasil
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