Influenciadores de investimentos falam com 74 milhões de seguidores

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Gráfico de ações. Foto: divulgação
Gráfico de ações. Foto: divulgação

Cerca de 74 milhões de seguidores é o público alcançado por 266 influenciadores digitais que falam sobre investimentos no YouTube, Twitter, Instagram e Facebook. Donos de 591 perfis, esses players conversam com uma multidão maior que aquela que segue os grandes veículos de imprensa nas redes sociais. Os números são resultado de um estudo inédito divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), sobre influenciadores de investimentos.

A entidade diz que tem voltado o seu olhar esses players desde o ano passado com o apoio do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). “Estamos nos aprofundando nas análises sobre os influenciadores para entender como eles se comportam, como falam com os investidores, quais produtos mencionam mais. Essas informações são um rico aprendizado sobre como impactar diretamente o público e sobre como o tema investimento é tratado na internet. Além, é claro, de trazerem insights para as estratégias da Anbima e dos nossos associados”, explica Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Marketing e Educação.

Para fazer o levantamento, foram analisados dados de mais de 160 mil posts públicos (sem considerar stories) feitos de 26 de setembro de 2020 a 5 de fevereiro de 2021. A partir do tipo de conteúdo divulgado e das informações publicadas nos perfis dos influenciadores, foi possível dividi-los em 11 diferentes categorias – como produtores de conteúdo, traders e casas de análise. Quando o olhar é sobre a base de seguidores, eles se encaixam em quatro tamanhos: pequenos, médios, grandes e gigantes – a régua de corte muda para cada rede social, já que elas possuem características distintas.

Conversas de nicho

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Uma das descobertas do estudo foi que, muitas vezes, um influenciador que aparenta ter grande impacto nas mídias, na verdade, está falando com um público restrito, muitas vezes de nicho, e essa audiência não consome outros conteúdos da rede relacionados a investimentos. “Isso mostra que existem canais que podem ficar restritos a uma ‘bolha’ e com influência limitada, já que estão falando para um público que consome apenas aquele conteúdo e não impacta o restante da rede”, explica Billi.

“O ‘isolamento’ de um tema ou canal, entretanto, é dinâmico, tal qual a natureza das redes sociais – um canal que ontem estava falando para um público restrito amanhã pode estar no centro de uma discussão com vários outros personagens da rede”, comenta.

Foram identificados também os trends: os influenciadores que tiveram um alto crescimento na base de seguidores nos últimos tempos, o que revela que podem estar ganhando mais influência na rede. Essa análise é feita ranqueando os perfis individualmente em cada rede, considerando o alcance dos players em cada uma. Há ainda uma relação das seis temáticas mais abordadas e quem são os porta-vozes de destaque para cada assunto e cada rede social.

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