Infraestrutura cai em termos de valor na indústria da construção

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Pesquisa Anual da Indústria da Construção referente a 2018 (Paic 2018), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, revela modificação na estrutura do setor em comparação a 2009.

Um dos destaques é a perda de espaço das obras de infraestrutura, que caíram de 46,5% para 31,3% em 10 anos. No fim de 2018, o setor da construção englobava 124,5 mil empresas ativas e ocupava 1,9 milhão de pessoas. O gasto com salários, retiradas e outras remunerações somou R$ 53,3 bilhões naquele ano.

Em termos de valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção, a atividade da construção gerou R$ 278 bilhões em 2018.

Ela é dividida em três segmentos: construção de edifícios, que engloba incorporações, empreendimentos imobiliários, edificações e a própria construção de prédios; obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, construção pesada, telecomunicações; e serviços especializados para construção, o que envolve atividades de apoio, entre as quais acabamento, demolições, por exemplo.

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A economista afirmou que o grande destaque da Paic C 2018 é a queda das obras de infraestrutura porque essas estão relacionadas a grandes investimentos.

O item obras de infraestrutura, que liderava historicamente o ranking em termos de valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção, caiu para a segunda posição em 2018, com R$ 87 bilhões, ultrapassado por construção de edifícios, com R$ 126,6 bilhões. Serviços especializados para construção apresentaram R$ 64,4 bilhões.

Do total de R$ 278 bilhões em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção gerados pela atividade da construção em 2018, 95,1% foram provenientes de obras e/ou serviços da construção e, o restante, de incorporações de imóveis construídos por outras empresas.

De acordo com a pesquisa, a participação do setor público na indústria da construção caiu 12,5 pontos percentuais nos últimos 10 anos (de 43,2%, em 2009, para 30,7%, em 2018), fato que ocorreu simultaneamente nas três atividades que compõem o setor. O item obras de infraestrutura passou de 61,5% para 50,4% na década. Já no segmento de construção de edifícios, o recuo foi de 6,7 pp, caindo de 28,6% para 21,9%.

As contratações de serviços especializados para construção (19,3% contra 20,4% em 2009) se mantiveram praticamente estáveis na comparação dos últimos 10 anos, com perda de 1,1 pp no período. Essa retração das obras de infraestrutura foi influenciada pelas dificuldades enfrentadas pela economia em 2015 e 2016.

Vendo os dados das Contas Nacionais, nota-se que a construção, entre os componentes do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 3,8%.

Enquanto as obras de infraestrutura tiveram sua participação reduzida de 46,5%, em 2009, para 31,3%, em 2018, a construção de edifícios passou a compor 45,5% do valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção em 2018, contra 39,5% em 2009, ocupando a liderança desse ranking.

Já os serviços especializados para construção, embora apareçam em terceiro lugar, foram os que mais ganharam participação ao longo da década, com expansão de 9,2 pontos percentuais, passando de 14% para 23,2%.

 

Com informações da Agência Brasil

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