As taxas cobradas por instituições financeiras em operações no Tesouro Direto têm variações significativas que podem comprometer o retorno do investidor. De acordo com levantamento do site especializado em renda fixa Desfixa, os valores cobrados pelos serviços variam de 0% a 2% e nem sempre são transparentes para o pequeno investidor. O levantamento analisou as práticas de 78 corretoras.
O Tesouro Direto, segundo o site, é considerada uma opção de investimento de baixo custo e que oferece rentabilidade superior à poupança. É a aplicação de menor risco do mercado e ideal para quem quer começar a investir seu dinheiro.
Taxa de custódia
“Não há como escapar da taxa de custódia (0,3% ao ano), mas o percentual cobrado pelas instituições financeiras varia significativamente”, diz Dirceu Arcoverde, sócio do Desfixa.A cobrança da taxa de serviço 2% pode parecer irrisória num primeiro momento. Entretanto, sua incidência anual faz diferença na hora do resgate.
No caso de uma LTN prefixada com vencimento em 2019, o retorno oferecido pelo Tesouro é de 12,19% ao ano. Um investimento de R$ 1.000,00 resultaria, em doze meses, num resgate de R$ 1.118,90, desde que houvesse apenas a cobrança da taxa de custódia. Já com a cobrança de 2% de taxa de administração, cairia para R$ 1.098,90.
Opção de investimento de baixo custo e que
oferece rentabilidade superior à poupança
A maioria das corretoras (17) cobra a taxa de 0,5% ao ano. Ao investir nestas, o valor obtido fica em R$ 1.139,00, No primeiro dos casos, o rendimento real (descontada uma projeção de 6% do IPCA para os próximos 12 meses) seria de 5,84%. Com os 2% de taxa de serviço, 3,76%.
Taxa de serviço
“A taxa de serviço é livremente definida pelas corretoras, distribuidoras e bancos. Há alguns casos que a rentabilidade desse investimento fica tão prejudicada que o investidor acha que está fazendo um bom negócio, mas na verdade está deixando seu rendimento nas taxas cobradas. Tenho a impressão de que os custos e taxas envolvidos nesse tipo de transação nunca é adequadamente compreendida pelo pequeno investidor. Precisamos de mais transparência”, afirma o sócio criador do Desfixa, Arthur Farache.
