Intenção de presentear no Dia dos Namorados cresce 13% em 2025

Roupas e calçados concentram 55% da intenção de compra, liderando com folga; geração Z impulsiona data com busca por mais experiências e menos presentes

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Shopping center (Foto: Valter Campanato/ABr)
Shopping center (Foto: Valter Campanato/ABr)

De acordo com a pesquisa realizada com usuários do Promobit, 74% dos consumidores pretendem comprar um presente para comemorar o próximo Dia dos Namorados, o que representa uma intenção de compra 13% maior em relação ao ano passado, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com a Offerwire.

Roupas e calçados aparecem no topo da lista de presentes mais desejados para a data pela segunda vez consecutiva. Esses itens concentram 55,7% da intenção de compra, com mais de 20 pontos percentuais à frente das demais categorias, consolidando-se como as opções favoritas dos apaixonados. Um aumento não só na procura como também na disparidade em relação às demais categorias, já que em 2024 o interesse por itens de vestuário foi de 41%, ficando apenas 10% acima do segundo colocado segundo a pesquisa da CNDL com a Offerwire.

Outros presentes com boa adesão para este ano devem ser os jantares românticos e os produtos eletrônicos, ambos mencionados por 32,3% dos participantes. Cosméticos, como perfumes, também se destacaram, com 30,7% das intenções. Presentes tradicionais como doces e chocolates (21,9%) e flores (12%) seguem em menor evidência, especialmente considerando o perfil dos respondentes: 58,9% são casados e 30,7% estão em um relacionamento sério.

A praticidade das compras pela internet segue como um dos principais atrativos na hora da escolha – 41,7% dos entrevistados vão comprar os presentes pela internet, enquanto apenas 5,2% devem recorrer às lojas físicas. Entre os motivos para preferir o e-commerce, 49,5% apontam que as oportunidades de economia como cupons de desconto, ofertas exclusivas e cashbacks são fator decisivo, enquanto 22,9% destacam a facilidade de comparar preços.

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Mesmo com a alta intenção de presentear, 43,8% ainda não decidiram em qual loja farão a compra, o que revela um comportamento cauteloso e atento às melhores condições. Além disso, 52% dos consumidores deixam para comprar entre uma e duas semanas antes da data, enquanto 25,5% compram na própria semana e 18,2% até duas semanas antes, o que evidencia que a decisão costuma acontecer perto do dia 12 de junho.

Ainda segundo o estudo, neste ano, o consumidor demonstra maior disposição para gastar, embora a maioria (40%) ainda planeje despesas entre R$ 51 e R$ 200, esse grupo reduziu 12% em comparação ao ano anterior, segundo pesquisa do Serasa. Paralelamente, o número de consumidores que pretendem gastar mais aumentou: 33,3% afirmam que investirão entre R$ 201 e R$ 500, faixa de preço compatível com os produtos mais procurados na pesquisa. Este dado revela uma tendência evidente de elevação no valor médio das compras.

A maioria dos respondentes está na faixa etária entre 35 e 44 anos (35,8%), seguida por 25 a 34 anos (30,2%), perfil que ajuda a explicar a valorização de presentes mais funcionais e personalizáveis.

O Dia dos Namorados é considerada a terceira data mais importante para o comércio, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A forma como casais comemoram a data reflete mudanças importantes no comportamento do consumidor brasileiro. Se antes o foco era em presentes materiais, hoje o momento vivido a dois tem ganhado protagonismo, principalmente entre a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010. Essa análise vem da professora de Administração Comportamental e de Marketing da Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros (FEI), Viviane Gervasoni.

Pesquisa da Ecglobal com 1.000 brasileiros revelou que 62% dos entrevistados preferem celebrar o Dia dos Namorados combinando produtos com experiências marcantes, enquanto 17% optam exclusivamente por oferecer vivências diferenciadas aos parceiros. Esse comportamento reforça uma tendência de consumo mais consciente, focado na criação de memórias e na valorização de momentos significativos. Em sintonia com esse cenário, pequenas e médias empresas faturaram R$ 263 milhões em vendas online na data em 2024, com expectativa de crescimento de 35% em 2025. Restaurantes também devem registrar alta demanda este ano, com estimativa de que 83% dos consumidores escolham esse tipo de comemoração.

Para a professora, a busca por experiências tem superado a procura por itens físicos, revelando uma tendência já consolidada.

“O comportamento do consumidor tem se mostrado mais propício ao aumento do tíquete médio e à valorização de experiências, não apenas de produtos”, explica. “Cerca de 60% das pessoas que comemoram a data a consideram tão importante quanto um aniversário de namoro ou casamento, o que mostra o peso emocional que ela carrega”, complementa Viviane.

A professora ainda destaca que essa mudança de comportamento também é impulsionada pela geração Z, que tem priorizado momentos significativos ao invés de consumo de bens.

“Para esse público, experiências personalizadas, como jantares ou viagens no fim de semana, atendem tanto ao desejo de conexão quanto às expectativas sociais – muitas vezes reforçadas pelas redes”, explica Viviane Gervanosi.

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