Após quase uma década desativado, o Fórum de Efetivos do Sistema Petrobras – espaço de interlocução dos petroleiros com a empresa sobre a recomposição dos quadros de trabalhadores próprios – será reativado nesta quinta-feira (6), em evento com representantes da companhia, da Federação Única de Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional de Petroleiros (FNP). As duas federações farão uma apresentação conjunta, levando aos gestores da empresa a visão dos trabalhadores. As entidades sindicais querem negociação permanente para planejamento da recomposição dos quadros da empresa.
A última reunião do Fórum de Efetivos foi realizada há quase dez anos, em abril de 2016, logo após a diretoria da Petrobras anunciar o Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), que acelerou o processo de desmonte da empresa. Após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Fórum de Efetivos nunca mais foi realizado e só voltou a fazer parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em 2023, na primeira campanha reivindicatória do novo governo Lula.
Para as entidades sindicais, a recomposição dos efetivos próprios da Petrobras e suas subsidiárias precisa ser negociada coletivamente, de forma planejada, tendo como referência estudos e normas que atendam às reais necessidades de segurança operacional das unidades, priorizando o bem estar e a saúde dos trabalhadores.
“A Petrobras tem um papel importantíssimo no desenvolvimento nacional e na transição energética. É fundamental que a reconstrução da empresa ocorra com segurança e valorização dos trabalhadores”, afirma o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Contratação Ele destaca que o Fórum de Efetivos é reativado em momento crucial em que a Petrobras anunciou que vai contratar este ano 1.780 trabalhadores de nível técnico do cadastro de reserva do concurso público realizado no segundo semestre de 2023. A previsão é de que mais de 700 profissionais sejam chamados no primeiro semestre.
Segundo Bacelar, “o ingresso de novos empregados é um avanço, resultado da pressão das entidades sindicais, mas ainda há muito a ser feito. O número de petroleiros convocados nos últimos concursos públicos, principalmente para os quadros técnicos das unidades operacionais, ainda está muito abaixo do necessário”, diz ele.