Internacionalização na diversificação dos investimentos

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Investimentos. Foto: divulgação
Investimentos (foto divulgação)

A internacionalização deve fazer parte das estratégias de diversificação dos investimentos dos brasileiros. A observação foi feita por especialistas que participaram do Anbima Global Insights, evento organizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), realizado nesta terça-feira e que reuniu profissionais que comercializam produtos de investimento, como gerentes, assessores e consultores no Teatro do WTC, em São Paulo.

“Um dos nossos principais pilares é colocar o investidor no centro. Nada mais natural e importante que apoiar o trabalho dos profissionais que têm o desafio de ajudar os investidores na agenda de diversificação”, disse Carlos André, presidente da associação.

O investimento em outras fronteiras permite acessar diferentes mercados, com moedas fortes, e ter novas alternativas de rentabilidade. “Todo mundo que trabalha com investimentos deve estar preparado para falar melhor sobre o mercado internacional”, argumentou Giuliano de Marchi, asset management da JP Morgan e diretor da Anbima.

Segundo os especialistas, a internacionalização é importante para mitigar riscos e contribui para alcançar os diferentes objetivos dos clientes, independentemente do volume alocado. “O nosso mercado de capitais, embora incrivelmente abrangente e profundo, continua sendo o mercado de um país emergente”, analisa Sylvio Castro, responsável pela Gestão de Investimentos de Global Solutions e de Fundo of Funds do Itaú-Unibanco.

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Juliana Laham, CIO Global do Bradesco, explica que o Brasil representa 1,5% de todos os ativos de investimento no mundo. “Será que o investidor brasileiro deveria ficar de fora de 98,5% do mercado?”, questiona a executiva. “Se o investidor tem um horizonte de longo prazo, por exemplo, ele deve ter uma alocação internacional; o arriscado é não investir lá fora”, analisa.

A regulação tem papel-chave no desenvolvimento da indústria de investimentos, dentro e fora do país. “A própria Resolução CVM 175 é um passo super importante em aproximar a indústria de fundos local com as melhores práticas internacionais”, explica Carlos André.

A norma faz com que cada vez mais o mercado internacional seja uma pauta natural no atendimento das necessidades e das exigências dos investidores. A Resolução CVM 175 já vai permitir que os investidores brasileiros acessem produtos de investimento internacionais por meio de fundos locais.

“As pessoas entendiam investir fora como quase um dinheiro frio, uma ilegalidade. Essa indústria mudou completamente nos últimos cinco anos e hoje vemos o mercado abraçando os investimentos offshore, com muitas plataformas robustas”, conta Roberto Lee, fundador e CEO da Avenue, corretora e plataforma de investimentos.

Por isso, os especialistas veem os próximos anos com otimismo, em que o Brasil poderá aproveitar das atuais tecnologias para avançar na indústria internacional de forma rápida. “A internacionalização dos investimentos é uma tendência imparável. O Brasil está atrás da curva, mas a história mostra que nosso mercado consegue avançar com regulação e educação do investidor”, disse Cesar Chicayban, CEO da XP Private Bank.

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