O consumo per capita de carne bovina poderá cair 3% neste ano para o menor volume em nove anos, segundo estudo realizado pelas Nações Unidas. Mas analistas, no entanto, projetam quedas não apenas per capita, mas também para a demanda geral em suas regiões, numa drástica virada para um setor que passou a se apoiar em crescimento constante. E a mudança é observada em todos os principais mercados, inclusive nos EUA, onde estimativas apontam que o consumo per capita de carne não retornará aos níveis pré-pandemia até pelo menos depois de 2025, pois os consumidores tendem a gastar menos nos supermercados e os restaurantes fechados também afetam a demanda, pois as pessoas passam a comer menos proteínas fora de casa. Na China, que responde por cerca de 25% do consumo mundial, depois que o governo sugeriu que proteínas importadas estariam associadas a um surto de coronavírus em Pequim. Há crescente desconfiança em relação a produtos de origem animal, o que faz a população se voltar para produtos com comecialização proibida como carne de morcegos, ratos, cachorros e outros animais exóticos,
Apesar da divulgação desse estudo desfavorável, as ações dos frigoríficos foram as principais altas no pregão desta terça-feira da bolsa brasileira. Além disso, relatório do Credit Suisse diz que o período abril e junho será um trimestre da JBS para recordar, pois poderá não ser repetido nos próximos. Porém, fazem o seguinte questionamento: “isso pode levar alguns investidores a se perguntarem por que comprar uma ação que está teoricamente no auge do ciclo?” E embora entendam a preocupação, acreditam que o ‘momentum’ durará muito mais de um trimestre, com uma dinâmica favorável no segmento de carne bovina dos EUA, pois o gado não abatido no segundo trimestre será gradualmente consumido nos próximos, mantendo os custos sob controle e de carne suína, mercado favorável de exportação e grande rebanho e de frangos.
E concluem que continuam otimistas com JBS.
Renova entra com 2 pedidos de recuperação judicial
A Renova Energia entrou com dois pedidos de recuperação judicial. Um, com o objetivo de melhorar a estrutura da companhia e atender aos credores, é exclusivo às sociedades do Projeto Alto Sertão III – Fase A, vinculadas ao financiamento originalmente obtido junto ao BNDES. O outro, contempla a companhia e as demais sociedades em recuperação judicial do grupo, na 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca do Estado de São Paulo.
A capitalização da CVC
A CVC está em tratativas internas finais sobre termos e condições definitivos de uma operação de capitalização para fortalecer sua posição financeira diante dos desafios da pandemia, disse a companhia em comunicado que, no entanto, não apresenta maiores detalhes. A companhia afirma que até o presente momento não foi possível finalizar elaboração das demonstrações financeiras de 2019 e das informações do primeiro trimestre deste ano, mas esforços são realizados para a divulgação até o dia 31 de julho. A evolução dos processos de revisão e reconciliação relacionados aos erros contábeis indicam impacto potencial na receita líquida de vendas de aproximadamente R$ 350 milhões e inclui exercícios anteriores a 2015 até 2019. A companhia estima ser possível recuperar cerca de R$ 55 milhões em tributos pagos indevidamente.
Sobre os efeitos da pandemia, a CVC afirma que as perspectivas para retomada das atividades do setor indicam impossibilidade de recuperação de certos ativos, levando à necessidade de registro de provisão para impairment no primeiro trimestre de 2020 de aproximadamente R$ 475 milhões referentes a ativos intangíveis e R$ 81 milhões referentes a créditos de tributos diferidos. Os cancelamentos de viagens atingiram R$ 96 milhões até 30 de junho e geraram perdas relativas a valores já pagos pela CVC e que não são recuperáveis de aproximadamente R$ 13 milhões. O atual cenário econômico gerou incremento da inadimplência de clientes correspondendo a R$ 72 milhões, com baixa expectativa de recuperação. A companhia tem saldo de aproximadamente R$ 380 milhões junto a companhias aéreas, referentes a bilhetes já pagos e que podem gerar perdas adicionais caso alguma companhia encerre suas operações sem honrar ou transferir bilhetes para outra empresa.
Even vai acelerar lançamento no 2º semestre
O Credit Suisse avaliou os dados da Even como positivos e vê potencial de valorização dos papéis da incorporadora. Os analistas destacaram as vendas líquidas e o desempenho medido pelo VSO. “Vale lembrar que os estandes de vendas estavam fechados e a confiança do consumidor em baixa. Os lançamentos vieram mais fracos e mostram a cautela dos players do segmento de renda média”, avaliaram em relatório a clientes. Para o Credit Suisse, a Even deve mostrar uma aceleração dos lançamentos no segundo semestre. O banco classifica a empresa como “outperform”, com preço-alvo de R$ 16.
A construtora Even apresentou suas prévias operacionais do segundo trimestre de 2020. No período, a companhia registrou vendas líquidas de R$ 301 milhões, uma queda de 38,9% em relação aos R$ 493 milhões do mesmo período de 2019. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, houve aumento de 17,5% nas vendas. A velocidade de vendas (VSO) ficou em 14% no segundo trimestre deste ano, ante 20% no mesmo período do ano passado, e 12% no primeiro trimestre. A companhia fez dois lançamentos entre abril e junho, ambos no Rio Grande do Sul, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 171 milhões, contando somente a participação da Even. No ano, a companhia registra cinco lançamentos, com VGV de R$ 266,5 milhões. Também houve a entrega de 2 empreendimentos no trimestre, como valor de vendas de R$ 202 milhões. A Even registrou R$ 50 milhões em distratos no segundo trimestre, valor 32,4% menor que no mesmo período de 2019. Em três meses, o recuo foi de 29,5%. A relação entre distratos e venda bruta subiu de 13,1% para 14,3% em um ano, mas caiu na comparação com os 21,8% no primeiro trimestre. Por fim, a construtora adquiriu dois terrenos entre abril e junho, por meio de permuta, um em São Paulo e outro no Rio Grande do Sul. O valor potencial de vendas soma R$ 132 milhões. O banco de terrenos encerrou junho em R$ 6,8 bilhões em VGV potencial.
Profarma vai fazer IPO da d1000
O Grupo Profarma contratou bancos para coordenar a potencial oferta primária de ações do d1000, criado em 2015 para consolidar as atividades de varejo do grupo, e que reúne as redes Drogasmil, Farmalife, Drogarias Tamoio e Drogaria Rosário, contando com 300 lojas.