Investimento conjunto do G20 elevaria PIB em 2% até 2025

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Muitas medidas vitais adotadas em vários países, como transferência de renda para as famílias, programas de retenção de emprego e seguros-desemprego ampliados expiraram ou devem expirar até o final deste ano. As projeções são que o desemprego causado pela crise continuará a ser considerável. Só no setor do turismo mundial, estima-se que até 120 milhões de postos de trabalho estejam em risco.

Dados compilados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) revelam que os trabalhadores no G20 de nível básico (primário ou secundário incompleto) foram mais afetados que os de nível intermediário (secundário completo e técnico), e estes mais que os de nível avançado.

Da mesma forma, os postos de trabalho em sete economias avançadas do G20 (Canadá, EUA, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Reino Unido) tiveram menos perdas que em quatro economias emergentes (México, Brasil, Turquia e África do Sul), na proporção de 2 para 1.

Um impulso ao investimento verde poderia elevar o PIB mundial e criar cerca de 12 milhões de empregos ao longo de uma década, abrindo ao mesmo tempo um caminho para zerar a emissão líquida de carbono até meados do século, estima Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI.

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Outras medidas podem reanimar mais rapidamente a economia mundial. “Estimamos que um progresso mais rápido com soluções médicas amplamente compartilhadas poderia adicionar quase US$ 9 trilhões à renda mundial até 2025. Isso ajudaria a reduzir a disparidade de renda entre as nações mais pobres e mais ricas em um momento em que a desigualdade entre os países deve aumentar”, enfatiza Georgieva.

Estudo do corpo técnico do FMI revela a possibilidade de grandes ganhos quando os países do G20 investem ao mesmo tempo. Se aqueles com o maior espaço fiscal aumentassem simultaneamente os gastos com infraestrutura em 0,5% do PIB em 2021 e 1% do PIB nos anos seguintes – e se as economias com espaço fiscal mais restrito investissem um terço desse valor – poderiam elevar o PIB mundial em cerca de 2% até 2025. Uma abordagem não sincronizada resultaria em apenas 1,2% de aumento.

“Ou seja, se os países agirem sozinhos, teriam que gastar cerca de dois terços a mais para alcançar os mesmos resultados. Em resumo: podemos criar o impulso para o crescimento, o emprego e enfrentar a mudança do clima de forma muito mais eficaz se trabalharmos juntos”, resume a diretora-gerente do Fundo.

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