O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) registrou deflação de 0,08% em junho na cidade de São Paulo, após ter avançado 0,27% em maio. A boa notícia deste mês veio da queda dos preços de alimentação, variando negativamente em 0,66%. Parte dessa queda se deve à redução dos preços dos alimentos in natura (-3,59%) e semielaborados (-1,36%).
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o IPC-Fipe registra alta de 2,02%. Em 12 meses até junho, a inflação medida pelo índice é de 4,84%.
Em junho, dois dos sete grupos do IPC-Fipe apresentaram variação negativa: alimentação (-0,66%) e transportes (-0,87%). Por outro lado, quatro grupos apresentaram variações positivas: habitação (0,30%), despesas pessoais (0,20%), saúde (0,98%), vestuário (0,50%). O grupo educação manteve-se estável no período.
As principais variações positivas do mês foram: energia elétrica (1,94%%), contrato de assistência médica (0,76%), refeição (0,61%), cigarros (1,29%) e automóveis usados (0,73%).
No sentido inverso, as maiores quedas verificadas em maio foram ônibus (-3,39%), gasolina (-1,12%), frango (-2,02%), viagem (-1,81%) e banana (-4,43%%)
“Para o mês de julho, destaca-se a provável continuidade da queda dos preços de alimentos. Por outro lado, haverá aumento de 13,6% da tarifa da concessionária que atende a cidade de São Paulo, que terá um impacto estimado no índice de 0,39% pp”, comenta Guilherme Moreira, coordenador do IPC Fipe.
Já o IPC-S da quarta quadrissemana de junho, medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,16% e acumula alta de 4,23% nos últimos 12 meses.
Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo saúde e cuidados pessoais cuja taxa de variação passou de 0,18%, na terceira quadrissemana de junho de 2025 para -0,02% na quarta quadrissemana de junho de 2025.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: transportes (-0,04% para -0,15%), habitação (0,66% para 0,57%), vestuário (0,52% para 0,31%), comunicação (0,02% para -0,07%) e despesas diversas (0,06% para 0,05%).
Em contrapartida, o grupo educação, leitura e recreação (0,49% para 1,03%) apresentou avanço em sua taxa de variação. O grupo alimentação repetiu a taxa de variação de -0,19% registrada na última apuração.