IPC-S cai 0,95% na 3ª quadrissemana de agosto

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Supermercado (Foto: Tânia Rêgo/ABr)
Supermercado (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

O IPC-S da terceira quadrissemana de agosto de 2022 caiu 0,95% e acumula alta de 6,22% nos últimos 12 meses. Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo educação, leitura e recreação cuja taxa de variação passou de -4,99%, na segunda quadrissemana de agosto de 2022 para -2,24% na terceira quadrissemana de agosto de 2022. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item passagem aérea, cujo preço variou -13,34%, ante -29,33% na edição anterior do IPC-S.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: transportes (-4,99% para -4,31%), habitação (-0,41% para -0,25%), saúde e cuidados pessoais (0,70% para 0,77%) e despesas diversas (0,34% para 0,35%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: gasolina (-16,45% para -14,34%), tarifa de eletricidade residencial (-3,66% para -3,07%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,08% para 1,48%) e serviço religioso e funerário (0,22% para 0,60%).

Em contrapartida, os grupos alimentação (0,85% para 0,38%), comunicação (-0,46% para -0,74%) e vestuário (0,49% para 0,35%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: laticínios (8,36% para 5,41%), tarifa de telefone móvel (-2,06% para -2,51%) e cintos e bolsas (0,42% para -0,58%).

Quase sete em cada 10 empresários ou líderes de empresas (67%) acreditam que a inflação é o fator externo que mais deve impactar seus negócios. O número é maior do que aqueles que esperam sofrer com os efeitos das eleições 2022 (44%) e da guerra na Ucrânia (32%). A alta do dólar, combustíveis e energia também foram preocupação para mais da metade dos líderes. Os dados são da pesquisa “ReStart Líderes e Empresários, os maiores desafios e expectativas do mercado para os próximos anos”,e encabeçada pelo instituto de pesquisa Opinion Box e pela plataforma de conhecimento em nova economia StartSe.

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O estudo entrevistou, virtualmente, 656 empresários e líderes de todo o Brasil entre 6 a 27 de julho deste ano. O objetivo foi entender os desafios, perspectivas e projeções que eles fazem para os próximos anos. Entre os entrevistados, a maior parte é homem (54%), do Sudeste (51%), está na faixa etária entre 40 e 49 anos (36%), e atua no setor de serviços (70%) e em pequenas ou médias empresas (78%). A margem de erro é de 3,9 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

A pesquisa também perguntou quais eram os principais desafios hoje para os negócios – 71% dos entrevistados citou estar à procura de mão de obra qualificada, em um cenário de menores barreiras geográficas para a contratação e maior competitividade. Outros aspectos relacionados ao crescimento do negócio, como inovação e growth marketing (57%), desenvolvimento da liderança (54%) e retenção de talentos (54%) também despontam entre os obstáculos citados pela maioria dos líderes. Em contrapartida, 52% dos empresários se sentem prontos para levar inovação à empresa.

Apesar das inseguranças pontuais, a expectativa para novas contratações nos próximos anos é otimista. Quase metade dos entrevistados (47%) espera ampliar o número de colaboradores da empresa, e outros 46% pretendem manter o quadro de funcionários estável. É um cenário melhor do que nos últimos dois anos de pandemia. Naquele momento, metade dos empresários manteve a equipe inalterada, mas apenas um quarto ampliou o número de colaboradores.

Outro avanço é na receita das empresas. Na pandemia, 38% dos empresários registraram crescimento e 31%, queda. Agora, 68% esperam um rendimento melhor nos próximos dois anos e apenas 5%, pior. O investimento em transformação digital também teve um salto. Nos últimos dois anos, 24% dos entrevistados fizeram mudanças nessa frente. Agora, 40% pretendem fazer ajustes.

A pesquisa também faz uma distinção do quanto as grandes empresas e os varejistas investiram ao longo da pandemia. Enquanto os grandes viveram um cenário mais positivo que a média, o varejo controlou mais as aplicações.

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