O IPC-S da segunda quadrissemana de setembro de 2021 subiu 1,10% e acumula alta de 9,25% nos últimos 12 meses.
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (1,13% para 1,77%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 2,15% para 4,48%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: transportes (0,89% para 1,17%), educação, leitura e recreação (1,42% para 1,71%), comunicação (0,11% para 0,22%) e vestuário (0,20% para 0,34%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: gasolina (1,68% para 2,33%), passagem aérea (10,76% para 13,23%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,01% para 0,37%) e roupas infantis (0,31% para 1,19%).
Em contrapartida, os grupos alimentação (1,25% para 1,09%), saúde e cuidados pessoais (0,50% para 0,40%) e despesas diversas (0,33% para 0,27%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: hortaliças e legumes (3,30% para 1,19%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,18% para 0,76%) e alimentos para animais domésticos (1,03% para 0,61%).
A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22, será divulgado no dia 23.
Já sobre o IGP-10 variou negativamente em 0,37% no mês de setembro, após forte divulgação no período anterior (1,18%); o indicador monitora os preços entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Segundo Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, o agregado foi puxado pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) que possui peso de 60% no IGP e variou em -0,76% em relação ao mês passado; dentro do IPA, observa-se forte avanço de Produtos Agrícolas (2,56%) ao passo que produtos industriais caem abruptamente (-2,09), influenciado, entre outros fatores, pelo recuo no preço do minério de ferro;
“O Índice de Preços ao Consumidor segue acelerando, com variação de 0,92% (ante variação de 0,88% do período anterior); por dentro do índice, vemos contribuição para o avanço em todos os grupos, com exceção apenas de alimento (1,05%, ante leitura anterior 1,13%) e habitação (1,33%, ante leitura anterior de 1,56%); já em relação ao Índice Nacional de Custos da Construção, leitura mostra desaceleração desde junho (0,43%).”
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