IPCA de dezembro e reajuste de servidor no foco do investidor local

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Jerome Powell, presidente do Fed (Foto: Senado dos EUA/DP)
Jerome Powell, presidente do Fed (Foto: Senado dos EUA/DP)

Nesta terça-feira o mercado volta suas atenções para o IPCA de dezembro e de 2021, onde espera-se um nível elevado para 2021, porém a expectativa é de que o índice mensal traga pequeno alívio, o que deve amenizar marginalmente a curva de juros. Por mais que o IPCA 2021 esteja já precificado, ainda as questões fiscais e riscos inflacionários seguem minando o apetite pelo risco dos investidores locais, em cenário de impasse relacionado ao reajuste salarial para servidores públicos. Com o exterior mais calmo, com investidores aguardando o discurso de Jerome Powell a fim de buscar sinais sobre a alta de juros nos EUA, o início dos negócios tende a ser um pouco mais tranquilo na Bolsa brasileira. O dólar pode acompanhar este movimento e dar fôlego ao real. O contrato futuro de índice Bovespa com vencimento para fevereiro de 2022 era negociado em alta de 0,29% às 9h01 desta manhã, enquanto o dólar comercial operava em queda de 0,20% neste mesmo horário.

No cenário externo temos como foco das atenções o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que provavelmente repetirá discurso que foi divulgado no dia de ontem em sabatina no Senado, porém com parte de perguntas e respostas. Investidores buscam por sinais mais claros sobre como acontecerá a alta dos juros nos EUA, o que poderá interferir em todo o mudo, uma vez que com o aumento da remuneração dos títulos americanos o fluxo financeiro tem maior direcionamento para o país e menos para países emergentes, como o Brasil. Em Nova Iorque, os índices futuros são negociados em alta, indicando possível recuperação dos mercados à vista. Às 7h17, o futuro do Dow Jones subia 0,29%, o do S&P 500 avançava 0,43% e o do Nasdaq se valorizava 0,67%. Já a maioria dos títulos americanos cedia. O juro da T-note de dois anos tinha taxa de 0,910%, ante 0,902% do fim da tarde de ontem em Nova Iorque. O juro da T-note de 10 anos estava em 1,747% (de 1,772%) e o do T-bond de 30 anos mostrava 2,074% (de 2,102%). O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, caía 0,12%, a 95,873 pontos, depois de subir 0,28%, a 95,991 pontos, no fim da tarde de segunda-feira. Na Europa as Bolsas também negociam no positivo. Por ser um dia de agenda econômica sem indicadores por lá, as atenções também se voltam ao discurso de Jerome Powell. Às 7h16, a Bolsa de Londres subia 0,57%, a de Frankfurt avançava 1,27% e a de Paris tinha elevação de 1,54%. No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,1334, de US$ 1,1330 no fim da tarde de ontem, e a libra avançava a US$ 1,3604, de US$ 1,3578 da véspera. Já na Ásia as Bolsas fecharam em queda nesta terça-feira, com investidores motivados pela cautela frente o avanço da variante Ômicron do coronavirus e aos possíveis comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre os aumentos na taxa básica de juros dos EUA. O índice Xangai Composto recuou 0,73% e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1,06%. O Nikkei teve queda de 0,90% em Tóquio. Já o sul-coreano Kospi fechou com alta de 0,02%. Na Oceania, o S&P/ASX 200 da Bolsa australiana caiu 0,77% em Sydney. Às 7h15, o dólar valia 115,39, ante 115,24 ienes do fim da tarde de ontem.

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Yuri Pasini

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Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank

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