IPCA de novembro surpreendeu expectativas

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Sede ANEEL. Foto: divulgação
Sede ANEEL. Foto: divulgação

Bottom line – O IPCA de novembro surpreendeu as nossas expectativas (0,80%) e as expectativas de mercado (0,78%), registrando leitura de 0,89%, maior leitura para novembro desde 2015.

A nossa projeção de 4,3% do IPCA no final do ano será revisada para cima. Com a média dos núcleos abaixo da meta em 12m, esperamos retomada do ciclo de alta da taxa Selic no final do primeiro semestre do ano que vem.

 

Comentários – O IPCA de novembro surpreendeu as nossas expectativas (0,80%) e as expectativas de mercado (0,78%), registrando leitura de 0,89%, maior leitura para novembro desde 2015.

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Por dentro do índice, destaque para o segundo mês consecutivo de avanço acima de 1% nos preços livres, que cresceram 1,06%. Administrados por sua vez saltaram de 0,23% no mês para 0,41%. O próximo mês deverá registrar novo forte avanço dado o reajuste das bandeiras tarifárias implementado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada.

A média dos cinco núcleos arrefeceu de 0,51% para 0,44%, enquanto a difusão caiu marginalmente de 68,17% para 66,58%.

Pelo critério do Banco Central, nota-se desaceleração de serviços e produtos industriais se comprado ao mês passado. Por outro lado, alimentação segue em forte expansão e cresce 3,33% no mês (MM3M: 2,93%, anterior: 2,20%).

Nas leituras subjacentes vemos avanço de 1,46% em alimentação subjacente (anterior: 0,39%), avanço de serviços subjacentes para 0,45% (anterior: 0,36%) e de bens industriais de 0,29% (anterior: 1,09%). A difusão de serviços caiu de 55,9% para 54,4%.

Nas variações em 12 meses, a média dos núcleos saltou de 2,43% para 2,64%, enquanto preços livres subiram para 5.52%. Já os administrados caíram para 0,93%. Por esta métrica também, produtos industriais tiveram forte elevação de 1,98% para 2,52%, enquanto serviços saltaram 20 bps para 1,64%. Alimentação avança impressionantes 21,13% YoY.

Em suma, o índice mostra forte avanço na ponta. A composição reforça a tese de manutenção do choque de alimentos. Preocupa o avanço das leituras de serviços e alimentação subjacentes e, apesar da perda de ritmo em industriais ser bem-vinda, ainda é cedo para afirmar que esta é uma virada de tendência.

A nossa projeção de 4,3% do IPCA no final do ano será revisada para cima. Com a média dos núcleos abaixo da meta em 12m, esperamos retomada do ciclo de alta da taxa Selic no final do primeiro semestre do ano que vem.

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Felipe Sichel

Estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais

Fonte: www.modalmais.com.br

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