Ipea projeta inflação de 3,28% para 2020

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Divulgada hoje, a seção de Inflação da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sinaliza um cenário confortável para 2020: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 3,28%, resultado que evidenciaria uma desaceleração frente a 2019 (4,31%). Esse desempenho também seria mais favorável que os 3,76% projetados na seção Visão Geral da Carta de Conjuntura de dezembro passado.

Após uma inflação pouco acentuada em janeiro (0,21%), a previsão de uma safra brasileira recorde neste ano – 2,2% superior à do ano passado – e o processo de reversão da alta de preços das carnes, o Ipea estima uma inflação dos alimentos no domicílio da ordem de 4,2% em 2020, ou seja, 3,6 pontos percentuais menor que a observada em 2019.

O Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do instituto também aponta melhora no comportamento dos preços administrados, cuja inflação projetada de 3,9% em 2020 situa-se abaixo dos 5,5% registrados em 2019. A percepção de menor risco hidrológico, a redução do patamar de reajustes e revisões das tarifas de energia, a estabilidade do preço do petróleo e a baixa probabilidade dos aumentos de tarifas de ônibus urbano em ano de eleição devem contribuir para a manutenção dos preços administrados em patamares mais confortáveis.

Em relação aos bens e serviços livres, mesmo com a aceleração da atividade econômica e a contínua recuperação do mercado de trabalho, estes dois conjuntos de preços devem apresentar variações em 2020 bem similares às registradas em 2019. No caso dos bens livres, a alta estimada para o ano é de 1,7%, muito próxima da ocorrida no ano passado (1,8%). Da mesma forma, tanto a projeção da inflação dos serviços de educação (5,1%), quanto dos demais serviços (3,3%), indicam que as variações observadas em 2019 devem se repetir em 2020.

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O estudo ressalta que o risco de uma inflação acima da projetada para 2020 só existirá no caso de piora do cenário internacional, ou de ocorrência de fenômenos climáticos até então não mapeados – capazes de afetar o nível dos reservatórios e a produção de alimentos -, o que aumentaria os preços livres e os administrados.

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