IPOs devem afetar mercado brasileiro em 2021

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O Morgan Stanley chama atenção para a fraqueza que poderá acontecer no mercado de ações em 2021 devido ao exagerado número de ofertas iniciais de ações no Brasil, ressaltando que, se a história recente é algum guia, haverá a repetição da performance do MSCI Brazil que, em dólares, tem sido fraca no ano seguinte a um aumento rápido no volume de IPOs de empresas brasileiras. Após períodos de mercado de capitais aquecido em 2007, 2013 e 2017, o índice apresentou queda de 58%, 17% e 4%, respectivamente, nos anos seguintes. A evidência histórica sugere que os investidores normalmente surfam a onda por muito tempo e há uma derrocada no ano seguinte.

Desde 2002, os IPOs de companhias brasileiras apresentaram em média um ganho de 13% em dólares durante os dois primeiros anos após a listagem, segundo o relatório. Um número elevado de ofertas adiadas ou canceladas em relação ao total anunciado também coincidiu com momentos de fraqueza do mercado. O Morgan Stanley prevê um total de US$ 13,5 bilhões em IPOs brasileiros neste ano, com 44 transações ainda pendentes. As ofertas de ações de empresas locais apresentam alta de 30% no acumulado do ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.

 

Safra recomenda Tecnisa

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A Gafisa imaginou uma fusão com a Tecnisa, para criar a segunda maior incorporadora brasileira, com capacidade de lançar projetos com Valor Geral de Vendas na faixa de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões por ano. Até agora, a única coisa que conseguiu foi derrubar o preço das ações das duas empresas. Tudo indica, no entanto, que o assunto não morreu pois a Tecnisa prometeu marcar uma reunião de emergência para discutir o assunto. Enquanto a confusão prossegue, o Banco Safra distribuiu relatório informando possuir uma visão de valorização para os papéis da Tecnisa, pois suas ações estão sendo negociadas 47% abaixo da média dos pares no setor imobiliário. Por essa razão, recomenda a compra das ações da construtora, com preço-alvo a R$ 19,60. No momento, tais títulos oscilam ao redor de R$ 10,82. ]

 

Santander acha preço do Itaú esticado

Na visão do Santander, o preço das ações do Itaú está esticado, mas ainda é atraente, negociando a 1,5x o seu valor patrimonial para 2021. O banco participou da 21ª Conferência Anual do Santander e compartilhou informações com os analistas sobre a evolução dos seus negócios. De acordo com a conversa, o Itaú espera que pico de inadimplência ocorra no final deste ano ou no início de 2021 e acredita que o custo de risco do 2º semestre deve ser menor do que no 1º semestre do ano. Além disso, o banco vê suas margens sob pressão, devido às baixas taxas de juros e mudança no mix da carteira de crédito. Em relação ao PIX, novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, o Itaú acredita que ele deve afetar a receita de serviços, mas pensa também que o impacto será pequeno, em torno de R$ 350 milhões por ano.

 

Apesar do prejuízo, analistas compram C&A

Apesar do prejuízo de R$ 115 milhões, o Bradesco BBI destacou alguns pontos positivos no desempenho da C&A durante o segundo trimestre do ano, sendo o principal a aceleração das estratégias digitais, incluindo o aplicativo, o marketplace (que permite a venda de outros estabelecimentos no mesmo ambiente) e o omni-channel. Acreditamos que isso coloca a C&A em uma posição mais forte para lidar com a mudança de hábitos de consumo do que no início do ano”, avaliaram, em relatório, os analistas do banco. O volume bruto de mercadoria do comércio eletrônico da C&A atingiu R$ 140 milhões, ante R$ 30 milhões em igual trimestre de 2019. Os analistas atribuem parte desse resultado ao lançamento do marketplace Galeri e embora acreditem que este ano será difícil para o varejo de moda, mesmo assim, mantém sua classificação de compra para a C&A.

 

Ex-CEO da Hertz complicado com a SEC

Enquanto que no Brasil as preocupações eram quais os problemas que enfrentará a Localiza ao desfazer o acordo que tinha com a Hertz, nos Estados Unidos, são com as punições que poderá ser impostas pela Securities and Exchange Commission ao ex-CEO e presidente da Hertz, Mark Frissora, de ajudar e encorajar a empresa em seu arquivamento de declarações e divulgações financeiras imprecisas. A reclamação da SEC alega que, como os resultados financeiros da Hertz ficaram aquém de suas previsões ao longo de 2013, Frissora pressionou os subordinados a “encontrar dinheiro”, principalmente por meio da reanálise das contas de reserva, fazendo com que a equipe fizesse alterações contábeis que tornavam os relatórios financeiros da empresa materialmente imprecisos. Além disso, manteve os carros alugados em sua frota por períodos mais longos e, assim, diminuir suas despesas de depreciação, sem divulgar adequadamente a mudança – e os riscos de depender de veículos mais antigos – aos investidores. Também, aprovou novas projeções de lucros em novembro de 2013. Fissora já foi condenado a pagar R$ 1,98 milhão para a Hertz.

 

BB Investimentos rebaixa Magalu

Apesar do resultado trimestral do Magazine Luíza ser bem recebido pelos analistas, os do BB Investimentos acham que esses números mostram que o melhor já passou para as ações da varejista e rebaixaram sua classificação para neutra e reduziram em 10% o preço-alvo, para R$ 73,50.

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