O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã (IRGC) disse que usou mísseis nacionais em seus ataques noturnos contra centros estratégicos em Israel nesta terça-feira. Entre os alvos israelenses que alega ter atingido na operação estavam várias bases aéreas e de radar e os “centros de conspiração” onde os assassinatos de líderes da resistência, incluindo o chefe do Politburo do Hamas Ismail Haniyeh, o secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, e o comandante sênior do IRGC, Abbas Nilforoushan, foram planejados.
O IRGC alegou que 90% dos 180 mísseis atingiram seus alvos com sucesso, acrescentando que a operação foi realizada dentro da estrutura do direito legítimo do Irã à autodefesa e com base no direito internacional. Ele alertou que qualquer “estupidez do inimigo será respondida de forma destrutiva e lamentável”.
O Irã não apresentou provas de que os mísseis atingiram os alvos. Notícias publicadas nas redes sociais alegam que o Irã destruiu a principal base aérea israelense que guardava os caças F-35. A base Nevatim, da Força Aérea Israelense, teria sido completamente destruída como resultado de um ataque de mísseis. Nevatim é a base principal dos caças F-35I Adir de quinta geração da Força Aérea Israelense.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que Israel retaliaria o ataque. “O Irã cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso”, disse Netanyahu durante uma reunião do Gabinete de Segurança, que discutiu a campanha terrestre de Israel no Líbano e possíveis respostas ao ataque de mísseis do Irã.
Em uma coletiva de imprensa anterior, o porta-voz militar israelense Daniel Hagari confirmou que vários mísseis iranianos atingiram o centro e o sul de Israel, e “muitos” foram interceptados por sistemas de defesa aérea. Ele também não apresentou provas. Os Estados Unidos ajudaram Israel, tanto no alerta de que haveria o ataque, quanto na tentativa de interceptação dos mísseis.
Um palestino de 38 anos foi morto quando um dos mísseis explodiu perto da cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada, disse a Defesa Civil local. Ainda não houve nenhum relato imediato de fatalidades em Israel.
A França condenou os ataques aéreos israelenses ao Líbano, que causaram um “número inaceitável de vítimas civis”, incluindo dezenas de crianças e mulheres, segundo o Ministério da Europa e Relações Exteriores francês, em um comunicado divulgado nesta terça-feira.
“A França expressa sua preocupação com relatos de incursões terrestres do exército israelense no sul do Líbano”, disse o Ministério, acrescentando que civis, sejam libaneses ou israelenses, não devem ser alvos em nenhuma circunstância.
A França se opõe a qualquer operação terrestre israelense no Líbano e pede o fim de ataques indiscriminados contra civis, afirmou o ministério. O país também pede ao Hezbollah e ao Irã que se abstenham de qualquer ação que possa levar a mais desestabilização e conflagração regional. O Ministério disse que também condena os ataques do Hezbollah em território israelense.
Com informações da Agência Xinhua e redes sociais